quinta-feira, outubro 23, 2008

A Vingança é um prato que se come frio...a dois!

Dois anos exactos sobre o seu primeiro romance, "Traição na Trilha do Ouro", também conhecido por "Traição como ela é", eis que o mesmo autor nos brinda com notável papel no filme "A Vingança é um prato que se come frio...a dois!" de um conhecido realizador da nossa praça.
Sinopse: Os habituais longos diálogos em voz-off do realizador/comentador, com superlativa adjectivação, largos planos de enquadramento do protagonista, alguma publicidade pro-bono menos subliminar, uma insistente vontade em relançar assuntos antes proibidos no ideário deste surpreendente realizador, enfim, a perfeita receita para esta obra que, historicamente, inaugura uma nova fase no seu trabalho em Silves.

Veja aqui o longo trailer.

quinta-feira, outubro 09, 2008

Parabéns a um amigo

Não é só um amigo pessoal que muito estimo, é um grande amigo de Silves, e por isso se justifica este apontamento de homenagem.
Adalberto Alves foi ontem distinguido com o importante Prémio Sharjah (Xarja) para a Cultura Árabe, criado em 1998 pela UNESCO. É totalmente merecida esta distinção para aquele que há largos anos se dedica de alma e coração ao estudo e divulgação da nossa herança cultural luso-árabe, e assim também de Silves. Está mesmo, nesta matéria, entre os pioneiros da "arqueologia" da palavra, da poesia, do misticismo islâmico, tendo o seu primeiro livro (creio eu) sobre estes assuntos, "O meu coração é árabe" (1987), despertado um enorme interesse e entusiasmo pela poesia luso-árabe. Nele pudemos pela primeira vez ler muitos dos poetas que cantaram Silves em árabe, entre eles al-Mu'tamide ou Ibn 'Ammar, personagens a quem já dedicou outros livros. Prepara-se agora para nos apresentar mais um trabalho de grande fôlego, com o seu rigor habitual, o de um dicionário de palavras portuguesas de origem árabe.
Convém ainda lembrar, à atenção dos silvenses, o facto de ser co-fundador do Centro de Estudos Luso-Árabes de Silves (CELAS) e presidente do seu Conselho Geral.
P.S.- Leia-se o artigo que lhe dedicou o Barlavento on-line.

segunda-feira, setembro 22, 2008

Ela merece(ía)...não fosse tudo já passado

P.S.(Nota prévia) - Este foi o post que fiz em 22 deste mês. Cá fica, mas com este pré-aviso. Foi tudo um imenso equívoco espalhado à velocidade da luz, aquela em que funciona a Internet. Tudo se passou, ainda assim, mas passaram já alguns anos. Leiam a explicação completa aqui. E aceitem as minhas desculpas, pela desinformação em que participei.
Sobre Maria Keil, a silvense, uma das maiores artistas do séc. XX português, que revitalizou a nossa tradição no azulejo, já antes escrevi, aqui e aqui.
O post de hoje, ainda que atrasado, serve para denunciar um dos maiores atentados ao património perpetrados nos últimos tempos, por uma empresa portuguesa, que até é pública, e um dos maiores atentados também à dignidade humana e artística, que mais me repugna por ter Maria Keil como vítima. Logo ela, um exemplo em muitos aspectos. Outro fosse, um daqueles que hoje fazem as vernissages da moda, e as indemnizações jorrariam aos milhões.


Mas passo a palavra aos autores da petição on-line que reclama a reposição dos painéis destruídos pelo Metropolitano de Lisboa (constantes dos livros de história da arte por onde estudei e não só), e que não indemnizou a autora simplesmente por esta os não ter vendido, mas sim oferecido. Truques de advogado, mas que ainda assim não respondem a outra questão: e quem indemniza os portugueses pela destruição daquele património colectivo?


Leiam o texto da Petição, e se assim entenderem, assinem aqui (em dois dias os números ultrapassaram já o primeiro milhar!, embora ainda hajam relativamente poucos silvenses):


Para: Metropolitano de Lisboa
Maria Keil (gosta que a tratem apenas por Maria) nasceu na cidade de Silves, em 1914. Partilhou a maior parte da sua vida com o arquitecto Francisco Keil do Amaral, com quem se casou, muito jovem, em 1933. De lá para cá fez milhares de coisas, sobretudo ilustrações, que se podem encontrar em revistas como a “Seara Nova”, livros para adultos e “toneladas” de livros infantis, os de Matilde Rosa Araújo, por exemplo, são em grande quantidade. Está quase a chegar aos 100 anos de idade de uma vida cheia, que nos primeiros tempos teve alguns “sobressaltos”, umas proibições de quadros aqui, uma prisão pela PIDE, ali... as coisas normais para um certo “tipo de pessoas” no tempo do fascismo. Para esta “história”, no entanto, o que interessa são os seus azulejos. São aos milhares, em painéis monumentais, espalhados por variadíssimos locais. Uma das maiores contribuições de Maria Keil para a azulejaria lisboeta, foi exactamente para o Metropolitano de Lisboa. Para fugir ao figurativo, que não era o desejado pelos arquitectos do Metro, a Maria Keil partiu para o apuramento das formas geométricas que conseguiram, pelo uso da cor e génio da artista, quebrar a monotonia cinzenta das galerias de cimento armado das primeiras 19, sim, dezanove estações de Metropolitano. Como o marido estava ligado aos trabalhos de arquitectura das estações e conhecendo a fatal “falta de verba” que se fazia sentir, o Metro lá teve de pagar os azulejos, em grande parte fabricados na famosa fábrica de cerâmica “Viúva Lamego”, mas o trabalho insano da criação e pintura dos painéis... ficou de borla. Exactamente! Maria Keil decidiu oferecer o seu enorme trabalho à cidade de Lisboa e ao seu “jovem” Metropolitano. Finalmente, a história! Recentemente a Metro de Lisboa decidiu remodelar, modernizar, ampliar, etc, várias das estações mais antigas e não foram de modas. Avançaram para as paredes e sem dizer água vai, picaram-nas sem se darem ao trabalho de (antes) retirar os painéis de azulejos, ou ao incómodo de dar uma palavra que fosse à autora dos ditos. A parte “realmente boa” desta (já longa) história é que, ao contrário de quase todos os arquitectos, engenheiros, escultores, pintores e quem quer que seja que veja uma sua obra pública alterada ou destruída sem o seu consentimento, Maria Keil não tem direito a qualquer indemnização. Pergunta-se “porquê? Porque na Metro de Lisboa há juristas muito bons, que descobriram não ser obrigatório pedir nada, nem indemnizar a autora, de forma nenhuma... exactamente porque ela não cobrou um tostão que fosse pela sua obra!!! Este crime silencioso não pode continuar impune. Pior do que o crime em si será o (nosso) silêncio à sua volta. Como tal os abaixo assinados exortam o Conselho de Gerência do Metropolitano de Lisboa a, rapidamente, deligenciar obter os desenhos dos painéis destruídos e mandar executar, à empresa que produziu (a Viúva Lamego) novos painéis. Com todo o respeito, os abaixo assinados.
P.S.- Voltei a revisitar este sítio com uma conversa com MK e... emocionei-me (liguem o som).

terça-feira, setembro 16, 2008

Vade retrum

créditos para fototungazunca.blogspot.com/


Vade retrum foi a exclamação que me saiu de chofre face à analogia da Presidente da Câmara Municipal de Silves do projecto de "Requalificação da frente de mar de Armação de Pêra" a um "pequeno Polis". Fiquei preocupado por ela, já que os 9 meses previstos, com timing perfeito para as eleições autárquicas, estariam comprometidos tratando-se de um Polis, ainda que sendo um pequeno Polis. E depois pela "malvada" arqueologia que ali é expectável, de atuns e sardinhas feita, quiçá de caboucos de almadrava, não fosse Armação terra de grandes "armações"! Mas o que mais me surpreendeu foi a nossa presidente vir dizer que aquilo que é afinal uma simples pedonalização de ruas, com uma única demolição (a do quiosque do mini-golfe, já que ninguém queria ver o hotel Garbe, o chalet Vasconcelos, a Fortaleza e outras velhas construções desaparecerem), permitir «abrir a vista da cidade (sic?) para o mar», proporcionar «uma visão mais limpa» da orla costeira aos residentes e visitantes, ao «esbater os obstáculos visuais»! É obra, com a simples demolição do quiosque!

Citando ainda a autarca, no mesmo jornal, «Não podemos deitar prédios abaixo, por isso temos de chamar a atenção para o que está abaixo deles». E o que está abaixo deles é uma política urbanística selvagem, mercantilista, que adiou soluções, e ainda hoje troca áreas de concessão ao domínio público por alguns euros, deixando que sejam os privados a ditar as regras, privando os demais de espaços públicos de qualidade, designadamente jardins ou parques infantis. Para a autarquia, e para o governo central, afinal o maior investidor, restam as operações de mera cosmética, que nada alteram a situação de fundo. Prova cabal disso é a situação do casino, excluída deste plano!

sábado, agosto 02, 2008

No Reino da Hipocrisia

in "Observatório do Algarve"

Enquanto outras autarquias, de vistas bem mais largas, negoceiam já com o CNA (Clube de Naturistas do Algarve) a oficialização de uma situação que é real e irreversível, criando assim as condições para o desenvolvimento de um nicho de turismo que ganha cada dia que passa mais adeptos, a C.M.Silves continua a assobiar para o ar, neste como noutros casos (o auto-caravanismo emergente, p.ex.), não se dignando sequer a receber ou a responder às propostas que lhe são dirigidas.


Terá o empreendimento previsto no Plano de Pormenor dos Salgados algo a ver com isto, ou será só conservadorismo "Made in PSD", na linha ideológica da nova direcção do partido de Manuela Ferreira Leite?

terça-feira, julho 01, 2008

domingo, junho 29, 2008

Herança Polis

(clique para ampliar)
Não é novidade para ninguém quanto sou crítico do Programa Polis de Silves.
E neste espaço tenho deixado ficar alguns do meus desabafos quanto à sua execução. Aquela que poderia ter sido uma belíssima oportunidade de requalificar a cidade, de apontar caminhos novos, corrigir problemas antigos, preservando a matriz histórico/cultural da velha capital do Algarve, tem antes feito a vida dos habitantes num inferno (com algumas excepções, reconheça-se). E está aí para durar, pelo menos por mais dois anos, a contar já a partir de terça-feira (veremos se é desta que há vergonha na cara e retiram, de uma vez por todas, o relógio do Countdown). Aquela que era a obra principal deste Polis, a Requalificação Urbana do Centro Histórico, será a última a ser terminada, se é que o será!
Mas o que vos trago hoje, embora se prenda com tudo isto, relaciona-se com a questão do trânsito. O Polis e o novo Plano de Urbanização de Silves realizaram um estudo sobre mobilidade e trânsito no espaço urbano (ver imagem acima) e que tinha, como ideia base, reconfigurar percursos procurando retirar trânsito rodoviário do centro da cidade e promover a pedonalização de algumas artérias. Até aqui tudo bem. O problema é que quem o fez parece conhecer mal a cidade e a forma como nela se circula, alterando sentidos, circulação de duas para uma via, enfim, fazendo experiências quando bem e como entendeu, não nos dando qualquer cavaco (leia-se informação). Pior, deixou a sinalização vertical tal como estava (como as imagens adiante documentam), gerando o caos entre os que nos visitam, como tenho inúmeras vezes presenciado. Em alguns dos casos, esta sinalização induz mesmo a procedimentos ilegais, enviando os mais incautos por ruas de sentido proibido.

Nesta questão, a da circulação e sua sinalização na cidade de Silves, o Polis ou seja lá quem decide sobre tudo isto, só piorou o que havia.
E isso não pode acontecer!




Largo de Nª Sª dos Mártires
Quem seguir estas indicações, arrisca-se a não chegar a nenhum dos destinos indicados (sentido proibido 500 metros adiante), e a regressar aonde partiu.










Lampião
E quem estas seguir é induzido a cometer uma ilegalidade (sentido proibido).

sábado, maio 17, 2008

Alguma sensibilidade, p.f.



Primeiro foi a colorida pintura realizada em finais de 2005.



Corrigida a situação, agora é toda uma faixa partidária que esconde um dos principais motivos decorativos deste histórico edifício, o seu varandim em ferro.

Amanhã o que será? Um anúncio luminoso em néon?

Será o Iraque?

A pouco mais de um mês do carísssimo e inútil relógio que realiza o "countdown" deste Polis ficar a zeros (e ainda se fala neste país em desperdício!), depois de adiada a sua reforma definitiva em finais de 2005 e depois em finais de 2007 (até os relógios têm hoje em dia reformas sistematicamente adiadas!), o balanço dos trabalhos é medíocre. Sobretudo para quem vive na cidade alta, no que é o centro histórico de Silves, naquela que deveria ser a nossa jóia da coroa, o nosso principal cartão de visita.


Começando pela sua entrada, pelo Torreão das Portas da Cidade. Conforme se vê na foto, já nem o outdoor e placa anexa (de muito duvidosa colocação, refira-se) resistem à passagem do Tempo. Mas lá estão, sabe-se lá fazendo o quê, já que nem com óculos graduados podemos ler algo que valha a pena! Enquanto isso, um pouco mais acima, entramos em terreno hostil, quase de guerra, qual Iraque em dia de bombardeamento. Poupadas foram as ruas que servem a câmara e o museu municipal, apressada e atabalhoadamente atamancadas para inglês ver. Mas não é preciso ir muito longe para nos depararmos com o mais triste dos postais. Ruas em terra batida, cheias de buracos e outras armadilhas, entulhos espalhados, tubos de abastecimento de água improvisados.

E até sarjetas tapadas com sacos de plástico para evitar odores nauseabundos, porque nestas obras modernas de requalificação "à Polis" ainda há quem se lembre de ligar condutas pluviais directamente à rede de esgotos!
Enfim, um caos, sem fim à vista, uma cruz para quem ali vive, uma vergonha para quem como eu presenciou a curiosidade e o espanto com que alguns turistas, em passeio por ali, faziam comprometedoras fotografias semelhantes às minhas.

terça-feira, maio 06, 2008

Vemos, ouvimos e lemos...não podemos ignorar!

Partilho hoje convosco um magnífico vídeo postado no Google e que resume de forma exemplar o paradigma insustentável e sem saída do modelo capitalista em que vivemos. Para ver e reflectir. E, no que esteja ao nosso alcance, actuar para alterar.

Realizado nos E.U.A., o que poderia configurar uma perspectiva particular, serve-nos de antevisão da sociedade a que nos conduzem. É preciso acordar!!

sábado, abril 26, 2008

Habemos Bibliotheca

Apetece exclamar, conforme o título em epígrafe, já que esta é obra de dois mandatos autárquicos. Mas enfim, e como alguém já disse, para o caso isso agora não interessa nada. Cumpre pois, e apesar de tudo, deixar aqui os parabéns a quem de direito: Isabel Soares, Rogério Pinto, Rosário Pontes, Maria José Toucinho e restante equipa da Biblioteca, enfim, todos aqueles que, de um modo ou de outro, participaram. E à arquitecta, Margarida Simões Gomes, com quem trabalhei aquando do Museu da Cortiça.

Temos pois Biblioteca Municipal, equipamento que era uma das principais prioridades da cidade, considerada a exiguidade e falta de condições do espaço anterior e o encerramento da Biblioteca Gulbenkian. Temos edifício e condições técnicas, mas haverá agora que garantir o apoio para um trabalho sério e conforme uma moderna biblioteca.
Falta dizer como é este novo espaço e, para isso, cito o blogue da Biblioteca Garcia Domingues, na EB 2,3 do mesmo nome:
"Edifício moderno e bem iluminado, alberga nas suas três salas de leitura (Sala Maria Keil, Sala Lobo Antunes e Sala Garcia Domingues) cerca de 40 000 documentos, entre livros, jornais, revistas, CD e DVD.
Este novo edíficio, que contou com o apoio técnico e financeiro do Ministério da Cultura através da Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas, possui ainda um bar/esplanada, um pequeno espaço infantil, um auditório e uma zona técnica de acesso reservado.
Um aspecto interessante é o facto de conservar no seu interior, num piso subterrâneo, importantes vestígios da muralha mourisca do Arrabalde que serão musealizados.
Vai estar aberta todos os dias, excepto às segundas e sábados de manhã, até às 19.30 h!
Aproveitemo-la!
Viva a nova Biblioteca! "

sexta-feira, abril 18, 2008

No Dia dos Monumentos vale a pena lembrar: quem cuida de mim?


Neste 18 de Abril, Dia Internacional dos Monumentos e Sítios (arqueológicos, históricos, naturais...), vale a pena lembrar a promessa de duas campanhas eleitorais: "...comigo, Silves será candidata a Património da Humanidade!" (Isabel Soares dixit).

Pois bem, aí temos um bom exemplo para integrar a referida candidatura: a Ponte Velha, impropriamente designada por Ponte Romana, Imóvel de Interesse Concelhio. É só mais um, entre os muitos casos de total desleixo pelos monumentos que a autarquia tem sob sua guarda directa, segundo a Lei do Património. Brada aos céus o estado em que se encontra. A autarquia virou-lhe as costas, o Polis assobiou para o lado. E lá está, todos os dias, no estado em que está, para vergonha de todos nós, como péssimo cartão de visita para os turistas (como a foto documenta. Clique para ampliar) que procuram na cidade o património que as brochuras turísticas lhes garantem!

Temos direito à indignação!

quinta-feira, abril 17, 2008

Quem manda nos Salgados?


Por um mail de um responsável da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) fiquei ontem a saber do esvaziamento da Lagoa dos Salgados em plena época de nidificação. Havendo hoje reunião camarária, perguntei ao vereador do executivo, responsável pelo Ambiente, o que ocorrera. De nada sabia. Para saber tive que ler o Público, o Região Sul ou o Barlavento. E por estes jornais se fica a saber que a CCDR e o Golfe dos Salgados trataram do assunto entre si, conforme documenta a imagem.

Mas afinal, a Lagoa dos Salgados fica ou não no concelho de Silves? ou será que já alteraram os seus limites? Ou, ainda, será que a autarquia de Silves foi contactada e o vereador responsável e todos os outros que fazem parte da Câmara não foram informados? Tanta pergunta!

Não é por nada, mas a situação não me deixa nada, nada satisfeito, quando a sei pelos jornais.

sábado, abril 12, 2008

Nada será como dantes!

© Manuel Alves
Muito se fez, muito se batalhou!
A luta dos moradores de Vale Fuzeiros contra o traçado da linha de muito alta tensão fez correr muita tinta, foi exemplo cívico da força da razão e desencadeou mesmo, atrevo-me a dizer, um novo paradigma no que a este assunto diz respeito. Nada será como dantes nos gabinetes da REN quando projectarem uma nova linha de alta tensão.

Mas também nada será como dantes na paisagem natural da nossa região: património paisagístico perdido é o que esta foto documenta.

Um abraço ao Manuel Alves, um dos sacrificados.


segunda-feira, março 10, 2008

Citação do Dia

Fotografia de André Beja

«José Sócrates mudou de ministro da Saúde, reconhecendo que “era a única forma de "restaurar a relação de confiança entre cidadãos e o Serviço Nacional de Saúde”. Quando mais de metade dos professores se manifestam contra a política educativa, a frase ganha uma redobrada actualidade e fica uma pergunta muito simples. Que condições de trabalho, e de implementar as suas decisões nas escolas, tem uma responsável política que conta com a aberta hostilidade de uma classe profissional em peso?»

quinta-feira, fevereiro 28, 2008

Can-can silvense

Nada como um bom número de Can-can para animar esta Quaresma.
Directamente da nova sucursal do Moulin Rouge em Silves... (liguem o som)
Nota: Por razões alheias à minha vontade, o serviço Jibjab, agora pago (Abril 2008), só me permite a publicação desta primeira versão, diferente da que publiquei inicialmente. As minhas desculpas ao Eng. Carlos Cabrita, aqui "dobrado" por Mao Tsé-Tung.

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domingo, fevereiro 17, 2008

Maldição do Bispo?

Foto dos anos 30 (séc. XX)
Não, não acredito em maldições, mas parafraseando o conhecido dito..."lá que as há,.. há!" A antiga Sé de Silves, um dos mais importantes edifícios góticos do sul de Portugal, tem estado "amaldiçoada", desde o primeiro momento.

Iniciada a sua construção (após importante querela sobre a sua dependência) nos finais do séc. XIII, inícios do seguinte, foi logo em plena obra vítima de dois grandes terramotos que atrasaram a sua conclusão. De tal modo que em meados do séc. XV, em 1458, dizia o bispo D. Álvaro "que auja muj grandes tenpos que a see da djta cidade cayra e que nunca majs fora Redefjcada nem havia hy outra jgreja em que se celebrasem os deujnos ofycyos estava por terminar"(onde é que eu já li isto recentemente?). Pedidos ao rei (não, não era José Sócrates naqueles tempos), viagens de captura de escravos patrocinadas pelo bispo D. Rodrigo Dias do Rego, petições (não, não era o Padre Carlos Aquino), lá foram fazendo chegar algum do dinheiro necessário à sua recuperação, de modo que em 1473 os representantes de Silves às Cortes de Coimbra se congratulam com o fim das obras da ponte e da catedral. A morte em Alvor de D. João II e o seu enterro na capela-mor da igreja, fizeram com que D. Manuel I abrisse os cordões à bolsa e patrocinasse mais alguns melhoramentos. Mas a transferência do bispado em 1577 para Faro relegou o templo de novo para o esquecimento. Será outra vez a destruição provocada pelo Terramoto de 1755 que obrigará o bispo D. Francisco Gomes de Avelar a efectuar importantes obras, hoje visíveis na torre sineira da fachada, na Porta do Sol e outros pormenores do interior. Em 1922, o templo é classificado como Monumento Nacional. No início dos anos 40 do século XX, mais uma vez a velha catedral é intervencionada, desta feita, pela Direcção-Geral dos Edífícios e Monumentos Nacionais que, embora criminosamente sacrificando o belíssimo altar-mor barroco e o órgão, lhe devolve um razoável estado de conservação e um espírito mais próximo à sua simplicidade gótica original.

E chegados ao século XXI o que temos? Um edifício cuja cobertura está em iminente perigo de desabar, vai para dois anos, arrastando, caso isso aconteça, provavelmente consigo outros elementos arquitectónicos importantes, um espaço religioso e cultural praticamente vedado à presença de público, impedido de cumprir a sua vocação, apesar de Monumento Nacional, o mais alto grau de protecção legal instituído pela nossa Lei(?) do Património.

Que podemos esperar de um Estado que assim defende os seus mais importantes monumentos? Se com estes é assim, como estará a política cultural de salvaguarda de outros, relativamente, bem menos importantes? Para que servem as classificações patrimoniais, com os impedimentos legais que acarretam aos proprietários (neste caso a Igreja), se depois se dificultam as intervenções que estes queiram patrocinar?

Será preciso, apesar da parafernália legal existente, que um pároco e uma comunidade se desdobrem em iniciativas públicas e mediáticas para desbloquear um processo que as autoridades tutelares deveriam, em primeiro momento, tomar a seu cargo?

Será preciso?
P.S.- Não podem é dizer que ignoram. Por isso, utilizem os endereços de e-mail abaixo referenciados e façam saber da vossa indignação.
Dr. Elísio Summavielle (Igespar) - igespar@igespar.pt
Dr. José António Pinto Ribeiro (Ministro da Cultura) - gmc@mc.gov.pt
Dra. Paula Fernandes dos Santos (Secretária de Estado da Cultura) - gsec@mc.gov.pt
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Ligações:
- Um artigo com o mesmo título e conteúdo semelhante no jornal Barlavento.
- Página do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (coloquem no último campo este nº de IPA PT050813070003 ) com importantes dados sobre a história e as sucessivas intervenções no templo, até as mais modernas.
- Página do ex-IPPAR.
- Fotos da Igreja, na Wikimedia.
- Página Wikipedia.

sábado, fevereiro 09, 2008

Nostalgias

Castelo de Silves com neve - 1 de Fevereiro de 1954
(arquivo M.R.)


Armação de Pêra - anos 60
Foto Custódio

quinta-feira, janeiro 31, 2008

In Memoriam

Sociedade de Recreio e Instrução de S. Marcos da Serra
31 de Janeiro de 2008
Noutros tempos, um dia festivo!



quinta-feira, janeiro 17, 2008

Arade: quem te viu...e quem te vê!



O governo até pode não facilitar, no que ao desassoreamento do rio diz respeito, prometendo, prometendo, mas não cumprindo. Também é coisa que já não nos espanta. Agora a autarquia também podia ajudar, naquilo que ainda pode fazer, e está ao seu alcance, pois afinal também prometeu: no mínimo, faça a remoção destes destroços que o rio até nós traz. Mas não está pr'aí virada. O partido no Poder Local prefere antes caçar gambuzinos eleitorais!

domingo, janeiro 13, 2008

Nostalgias

- Praia de Armação de Pêra (anos 60) - Foto Custódio (Silves)

- Chalet de Gregório Mascarenhas em Armação de Pêra- Foto Custódio (Silves)

sábado, janeiro 12, 2008

Proibimos porquê?


E se em vez de proibir, ainda que fechando os olhos, se criassem as condições mínimas?! Não são grande coisa, pois não? E estas pessoas que nos visitam, cada vez em maior número, também merecem a nossa hospitalidade, ou não?
P.S.- Olhando com mais atenção ao sinal até percebo porque é ignorado: são caravanas (roulottes) as proibidas, o que não é o caso. Será que existe sinal que enquadre este relativamente novo tipo de veículo, também ele modelo de um novo tipo de turismo?!