sábado, dezembro 17, 2005

CELAS ganha acção judicial contra a Câmara


O Centro de Estudos Luso-Árabes de Silves obteve do Tribunal Administrativo de Loulé acórdão favorável na queixa que apresentara contra a Câmara Municipal de Silves. Em causa estava a intenção da autarquia, ultrapassando anteriores compromissos que, aliás, estiveram na origem e financiamento da reabilitação do antigo edifício do Matadouro, dividir esse espaço entre o CELAS, a autarquia e uma recém surgida pró-Fundação Al-Mutamide Ibn Abad de contornos e objectivos pouco claros. Eu que estive na Comissão Instaladora do CELAS, assim como Isabel Soares (então vereadora na oposição), não tenho memória curta, e ainda me lembro do que ali a actual presidente afirmava. Foi preciso ser poder e deixar terminar o edifício para surgir com uma nova e inesperada solução que deixaria o CELAS sem qualquer capacidade logística sobre o espaço, quando foi, até agora, entre os três pretendentes, a instituição que mais fez pela divulgação dos valores luso-árabes (vários encontros, publicação da revista Axarajib, cursos de língua e cultura árabes).
Oficiosamente, sabemos já que a Câmara irá recorrer deste acórdão. Esbanja assim dinheiros públicos e protela uma decisão que teima em contrariar.
É o poder autárquico que temos!

terça-feira, dezembro 06, 2005

As inaugurações apressadas costumam sair caro...


As inaugurações apres-sadas costumam sair caro. Todos o sabem. Alguns políticos no poder, porém, fazem por esquecer. Vem este desabafo a propósito da precipitada inauguração do Teatro Mascarenhas Gregório em 3 de Setembro passado (e ainda em obras!) e para o facto de, entretanto, continuarem a chegar à Câmara propostas de orçamento (?) para obras a mais, entretanto já realizadas (a terceira empreitada, até agora) e que incluem, ou alterações de projecto, ou emendas circunstanciais, sempre plausíveis, admita-se. No caso não, a empreitada deveria ter sido prevista, já que de uma obra de reabilitação (já não lhe posso chamar de restauro, porque não o foi) se tratava: a recolocação da velhinha placa alusiva à inauguração do Teatro em 1909 custou a todos nós a módica quantia de 150 euros e foi considerada trabalho a mais em 2º orçamento adicional! Do valor e dimensão da empreitada, julguem os leitores pela imagem...

sexta-feira, dezembro 02, 2005

Dissonâncias...


Numa rua (Cândido dos Reis) que há alguns anos poderia ter sido classificada enquanto conjunto arquitectónico de valor concelhio crescem como cogumelos as dissonâncias que a irão conduzir à descaracterização total. À revelia de todos nós, com o beneplácito de todos nós.
Como candidatos a património mundial (demagógica promessa da senhora presidente de câmara que remonta a 2001) temos muito que aprender, e a inverter...