terça-feira, novembro 29, 2005

Polis por mais dois anos...


Eu não disse! (cliquem na profecia) E nem sou bruxo! Aqui está a prova. Preparem-se silvenses para mais dois longos anos de Polis, exactamente os que se perderam de início por má programação e muito trabalho de casa por fazer. O painel countdown do Polis sofreu de ontem para hoje, sem pré-aviso, uma subtil alteração. Poucos se deverão ter apercebido. Antes que chegasse aos negativos (o que deveria acontecer para vergonha dos responsáveis!), foi cirurgicamente sabotado. Ao invés de apresentar 32 dias para a conclusão deste programa, exibia agora uns confortáveis 762, o que remete a sua conclusão para Dezembro de 2007. Mais dois anos!! Uma estrutura caríssima como aquela nem sei para que serve, já que é simplesmente para ignorar!? A Câmara Municipal e o Polis, noutras alturas tão prolíferos na produção de comunicados à população (temos o exemplo da inauguração do inacabado parque de estacionamento ribeirinho em vésperas de eleições), bem podia vir agora a terreiro explicar das suas razões. Virá fazê-lo? Veremos...

sexta-feira, novembro 25, 2005

Panfleto ou Jornal?-II Parte



Se dúvidas tínhamos quanto a isso, foram agora desfeitas.

Como alguns por certo se aperceberam (com certeza não foram os 14 000 que o srº Ligne diz lerem a coisa!!, que tem como tiragem 3000 exemplares!!, dos quais são devolvidos provavelmente número aproximado), na edição nº 359 de 20.10.2005, a Voz de Silves, na pessoa do seu director, resolveu dar honras de 1ª e 2ª páginas à minha pessoa e ao blogue que subscrevo. A inspiração teria sido o texto que escrevi a propósito do critério redactorial desse quinzenário em vésperas de eleições (
clique para ler), e que enviei para a redacção, dando dele conhecimento e pedindo a sua publicação na rubrica "Correio do Leitor". É claro que fui censurado, pois o director dessa dita, e cito, "tribuna livre", impôs condições inadmissíveis que não aceitei (clique para ler a resposta de Arthur Ligne ao meu pedido de publicação, designadamente o último parágrafo). No artigo do senhor Ligne que motivou o meu posterior pedido de rectificação/resposta, e sem nunca mencionar o meu nome ou o do blogue sobre o qual escrevia (o que do ponto de vista jornalístico é, desde logo, "exemplar"), caracterizou-me profusamente com alguns adjectivos, muito habituais na sua escrita, que auto-intitula de "jornalística". O texto em causa mereceu da minha parte, como seria de esperar, e conforme prevê a lei de imprensa, a merecida réplica, enviada por carta com aviso de recepção assinado no dia 3 de Novembro corrente. Não obtive resposta alguma, ao contrário do que o srº Ligne diz ser a sua prática corrente, nem vi publicado o meu texto nas duas últimas edições da Voz de Silves. Pior, ao invés de respeitar o direito legal de resposta previsto na lei ( o que desde já será alvo de queixa à Alta Autoridade para a Comunicação Social e ao tribunal competente), prevarica segunda vez quando utiliza agora a página central da coisa nº 359 de 22 do corrente para vir novamente à liça com mais insinuações, misturando-me com cartas anónimas e ameaças de morte (será mesmo assim??) quando o que até agora fiz, foi escrever num blogue cuja autoria não é anónima e remeter uma carta, assinada pelo remetente e com aviso de recepção, à qual não faz qualquer referência no seu texto, mas que deixo aqui aos leitores já que o srº Ligne dela se esqueceu (clique para ler).

Fico hoje por aqui. Mas a novela vai ter continuação...

quarta-feira, novembro 16, 2005

74 dias depois


74 dias depois...
após bem badaladas e exclusivas inaugurações, continuamos em obras...
(Teatro Mascarenhas Gregório e Arquivo Histórico Municipal)

segunda-feira, novembro 14, 2005

Mais uma herança desbaratada


É já lugar comum, entre os responsáveis políticos e não só, afirmar que o futuro do concelho e, em particular, o da cidade de Silves, passa pela valorização do seu importante património histórico/arqueológico. O PSD deste concelho tem mesmo apresentado nos seus programas eleitorais o compromisso (quanto a nós demagógico e pouco esclarecido) de candidatar Silves a Património Mundial! É, contudo, bem diferente a prática corrente das intenções anunciadas. Durante os mandatos PSD não se realizou uma única classificação de um imóvel, não foram defendidos os direitos dos já existentes (caso Vila Fria) e ninguém sabe ao certo o que é imóvel classificado neste concelho.
Nos últimos tempos assistimos a mais um caso lamentável. A norte da Fábrica do Inglês, um empreendimento urbanístico privado, devidamente licenciado, irá destruir os vestígios de um importante bairro islâmico do séc. XII-XIII. E nada se pode fazer, além do que está sendo feito. Isto é, as escavações arqueológicas de emergência, pagas pelo empreiteiro, de modo a salvar um registo científico (gráfico e fotográfico) único no país. Único, porque se trata ( e foi referido por especialistas na matéria presentes no recente Congresso de Arqueologia realizado em Silves) de um importantíssimo conjunto habitacional (com habitações completas, equipadas com latrinas, infra-estruturas industriais, viárias e hidráulicas) de que há poucos paralelos no país. O que se irá salvar será só uma nora (extraordinária pela qualidade de construção) a integrar o futuro parque de estacionamento subterrâneo. E tudo porque as sondagens que se realizaram a pedido do IPA (Instituto de Arqueologia) só foram feitas após o licenciamento da obra ( e por isso desde logo sob condições), o que, numa cidade como Silves, é de todo incompreensível.
Se queremos realmente promover a cidade e este concelho como destino cultural, não podemos continuar a encarar as questões do património como marginais. Se as queremos fazer prioritárias, e queremos que todos assim as encarem, também temos que dar contrapartidas a quem é, a bem do interesse público, individualmente prejudicado.