segunda-feira, junho 07, 2010

Assembleia Municipal Jovem de Silves expressa voto de pesar pelo encerramento do Museu da Cortiça

A existência de uma Assembleia Municipal Jovem em Silves é uma boa iniciativa, mas que deveria ser mais divulgada e até mais acompanhada pela população e pelos políticos "profissionais".
É muito salutar que os jovens discutam o seu concelho e as soluções para os seus problemas, pois serão eles, mulheres e homens de amanhã, quem herdará esta terra em que vivemos. Por outro lado, fazem-no de forma muito menos constrangida e "limitada" do que habitualmente vemos, livres de amarras e preconceitos ideológico-partidários.
No sentido de começar a dar cobertura ao que esta assembleia de jovens discute e propõe, começo hoje por um assunto que pessoalmente muito me preocupa: o Museu da Cortiça.
Os representantes dos alunos do Agrupamento de Escolas Dr. Garcia Domingues apresentaram na 3ª edição desta assembleia realizada durante o mês de Maio, o seguinte voto de pesar pelo encerramento do Museu da Cortiça, no período antes da Ordem do Dia.

2 comentários:

Gabriela Rocha Martins disse...

permite.me ,Manuel ,que transfira para este teu espaço uma conversa havida entre o meu primo Ernesto Cunha , licenciado em Direito e actualmente a trabalhar em Bruxelas ,e mim ,sobre este mesmo assunto.
escrevia ele ,a dado momento: "A defesa do património cultural nunca foi o nosso forte. Depois da Inquisição e da censura do Estado Novo a castração e a indigência cultural subsistem.Depois de ter recebido prémio do melhor museu de arte industrial, o Museu da Cortiça fecha. É a vida estúpida da jangada de pedra..................." ao que lhe respondi: "é que não é só o Museu .é toda a fábrica .toda ela é parte da História desta cidade .e os políticos de meia tijela deste burgo - representantes de todas as forças políticas - ainda não perceberam o que está em causa .são tão pequeninos que mete raiva .... e o que se ouve à boca cheia pela cidade ,sobretudo ,de pessoas ditas intelectuais ,é de bradar aos céus .... quando não se sabe separar os alhos e os bugalhos é preferível pegar na trouxa e zarpar....bahhhhhhhhhhhhhhh!, que tristeza!"
resposta dele -"
De acordo . Há que separar o negócio da memoria. Seria altura de classificar todo o edificado como monumento nacional ou como imóvel de interesse concelhio . Para evitar a sua demolição ou substituição por apartamentos . E assegurar uma solução de concessão de exploração da actividade lúdica , de restauração e turística com respeito da memória histórica e do património edificado. O museu da electricidade , foi objecto de classificação pelo Ministro da Cultura Lucas Pires .E o despacho de classificação foi do ponto de vista jurídico e cultural e da preservação da arquitectura industrial um dos mais notáveis actos do género que tive oportunidade de ler. Devia servir de exemplo.".......

aqui ficam mais umas achas..... eu , no entanto ,quando tive conhecimento das Jornadas que promoveste ,cuidei de deixar o meu comentário no blogue do José Paulo Sousa - "No Princípio era o Caos" - explicando ,inclusive ,as razões porque não iria estar presente.talvez valha a pena leres .todavia ,
deixo.te esta troca de opiniões entre o Ernesto e mim que talvez possa servir para algo....assim espero
um abraço ,Amigo.

Manuel Ramos disse...

Obrigado pelo testemunho, Gabriela!