domingo, outubro 16, 2011

Ação cívica de cidadania ativa - caiação da ponte velha de Silves



Um terço da ponte estará caiada, e parte das silvas e das canas que a envolviam, e até escondiam, cortada. Foi um trabalho hercúleo, e atrevido, para os 11 bravo(a)s que responderam de forma alegre e entusiástica ao apelo. Pena que entre os bravos, a maioria nem fosse silvense! Sintomático!
Foi, também, e por coincidência, uma forma de contribuirmos na manifestação global do dia 15, por uma mudança de paradigma nesta sociedade adormecida e apodrecida, à espera de algo que não constrói por si. Espera que os medíocres órgãos representativos, por si eleitos, os substituam. E mesmo quando estes falham, como é o caso, não fazem como o vulgar cliente que face ao mau serviço reclama: não, comem e calam e, pior ainda, criticam quem reclama e toma a iniciativa.  A situação assume, por aqui e não só, contornos "clínicos" no que à cidadania respeita e ao grau de desinteresse de alguns.
Preservar e conservar um monumento de interesse concelhio (o que, aliás, a lei do património diz caber a qualquer um de nós), há sete anos completamente abandonado, em riscos de ruir (digo eu que por debaixo dela estive), que no passado teve seis arcos e agora mal vemos três (os outros parece que são propriedade privada!), ex-libris de uma cidade que nem a pinta (ou caia), alvo do vandalismo e dos graffiters, é agora, infelizmente, preocupação inusitada. Ninguém pode reclamar, seriamente, o desassoreamento do rio Arade e  deixar chegar ao estado a que chegou a ponte histórica que o atravessa, o assoreamento dos seus arcos, a lixeira e o desleixo que os seus vãos encobrem. Fogões, esquentadores, bicicletas, garrafas e plásticos aos quilos, árvores, silvas, canas e, sei lá, tudo cresce debaixo de um dos mais antigos, e visíveis, monumentos da cidade. Mas como por cá se diz, "longe da vista, longe do coração"...
No próximo sábado lá voltaremos, para tentar devolver-lhe a dignidade perdida. Pode não ser suficiente, depende dos "contribuintes", mas como alguém já disse, "Roma e Pavia não se fizeram num dia"!

P.S. - Entretanto, saíram os primeiros ecos na comunicação social, no Sul Informação.
E algumas fotografias, também do mesmo jornal.

sexta-feira, outubro 14, 2011

Silves cheira mal! você não tem vergonha?

SILVES CHEIRA MAL; VOCÊ NÃO TEM VERGONHA?
Este ("o você não tem vergonha") será mote para uma série de posts e outras intervenções, que a  seu tempo serão divulgadas. É agora também o título deste artigo: "Silves cheira mal! você não tem vergonha?". 
A culpa é, agora, já menos da ETAR do Odelouca, mas sim do barranco/ribeiro da Caixa d'Água, paredes meias com uma empresa de distribuição de alimentos (Modelo) e com seis escolas (Primária, dois Jardins de Infância, Secundária, E.B.2,3 e Profissional) onde começa a ser quase impossível trabalhar. É um caso de saúde pública e nada se diz, e nada se faz. As baratas invadem as escolas referidas, o mau cheiro e os mosquitos são permanentes. É uma situação insólita, de tão primitiva que é. Não o posso admitir, como professor numa das escolas, como encarregado de educação de uma aluna de uma dessas escolas, como munícipe. Não pode haver um esgoto a céu aberto em plena cidade, junto aos locais que referi, e a cujo mau cheiro estamos constantemente expostos. Não pode!!
Eu denuncio-o, aqui e junto das autoridades responsáveis. Não tendo resposta, farei o que hoje, estranhamente, é preciso fazer: trago as televisões e os jornais. Porque tenho vergonha!
Fiquem com a imagem, felizmente sem cheiro. 

quinta-feira, setembro 29, 2011

Alguém quer saber?



Penso, e entristeço-me, porque enquanto a maioria dorme (literalmente e não só), outros que são os nossos filhos destroem a memória e o património que fomos reunindo e dão identidade ao sítio em que todos nasceram ou vivem. A praga espalha-se por Silves, e ninguém quer saber, inclusive os diretamente afetados: não digam que as autoridades não fazem nada quando, sabendo quem são os que isto fazem, não podem atuar por não existirem queixas por parte de quem é lesado.
E no caso da imagem, o painel de azulejos da silvense Maria Keil, fomos todos nós. Qualquer um poderá, por isso, fazer queixa às autoridades, inclusive o município que, só não o faz (sei eu), por desleixo e opiniões de alguns que por lá andam!!

sábado, junho 04, 2011

E a luta continua!

Mais uma vez, agora no Museu de Portimão, durante o encontro "O Mundo do Trabalho no Sul de Portugal", procurámos apoios e ideias nesta difícil luta em prol do património cultural local: a Fábrica do Inglês e o seu Museu/arquivo da Cortiça, peças fundamentais da identidade histórico/industrial da cidade de Silves.
Aqui fica à vossa disposição a apresentação que realizei, infelizmente sem os comentários ao vivo e as encorajadoras reacções dos presentes.

sábado, maio 21, 2011

Encontro "O Mundo do Trabalho no Sul de Portugal" - dias 3 e 4 de Junho no Museu de Portimão

Realiza-se nos próximos dias 3 e 4 de Junho, no Museu de Portimão, o encontro com o título em epígrafe.
O Museu da Cortiça de Silves também vai lá estar com uma comunicação com o título "Património industrial corticeiro em risco: o caso da Fábrica do Inglês".
Deixo-vos com o programa e a ficha de inscrição (gratuita).