Ainda sobre a dita proposta do PS para as taxas do IMI para o concelho de Silves - aquela, a virtual, e que nem escrita estava (aguardamos ainda para ver, se alguém responde ao já feito desafio de a apresentar) - e que nunca iria aparecer caso não tivesse existido preparação e proposta da CDU (sim, porque só houve reacção depois desta última ser conhecida e, caso não tivesse surgido, ser a história totalmente diferente), convém dizer:
Havendo proposta escrita da CDU, aqui d'el rei! A Presidente está em apuros, não temos trunfos na manga, estamos de T-shirt, vamos lá salvá-la: fique-se pelo meio termo, mais coisa menos coisa, e saque-se os dividendos políticos desta aprovação. Esqueçam que já apresentámos em 2006 a proposta de 0.30% para prédios em CIMI! Esta é a estratégia quando não se faz o trabalho de casa!
Mas quais foram então os dividendos? Os de ter onerado os munícipes com mais algumas décimas no IMI? Obrigadinho, Partido Socialista...!
Esquecem, vistas as coisas por outra perspectiva, que se a autarquia não auferir mais uns cobres por nossa conta, talvez não possa realizar as ditas festas e romarias e concentre esforços na gestão do pagamento do passivo, coisa que com as taxas máximas que o PS, em "santa aliança" aprovou em Assembleia Municipal, nunca resolveu.
E ter lido eu que era compromisso eleitoral baixar os impostos municipais (sim, lido, porque o site do PS para as autárquicas já era)!. As promessas eleitorais de baixar imposto, enfim...isso foi a Drª Lisete Romão que disse. Aposto que este novo PS invocou, uma vez mais, como fazia o velho, quando votava taxas e orçamentos em "pagã coligação", o repetido chavão: "nós fazemos oposição responsável". Imaginem só, caso fosse o PS Executivo! Não, não estou a falar no governo, que já lá estão e se vê o que fazem; estou a falar na autarquia...!
E onde é que já ouvi esta conversa?
"A realidade é bem outra. A autarquia precisa de verbas para assegurar o seu bom funcionamento.
Não nos esqueçamos dos pesados encargos bancários que têm de ser pagos, dos fornecedores que não recebem no momento devido… e mais importante ainda dos trabalhadores camarários." (
Fernando Serpa dixit)
Enfim, o Partido Socialista, o referido vereador, e a "proposta" do PS para o IMI Municipal continuam iguais a si próprios, dando desculpas de mau cumpridor, "sacudindo águas do capote", terminando em demagógica declaração que, sublinhe-se, é estapafúrdio papão (fazer depender os salários dos funcionários municipais das taxas municipais!).
Já agora, e a talhe de foice, para dizer: se a majoração de 30% sobre prédios degradados (curiosamente, e apesar das críticas, também constante da proposta do PS em 2006) não é efectivada, culpas para a vereação permanente que sempre a propôs e, da primeira vez que o fez, nem constituída tinha Comissão Municipal Arbitral de Avaliação de Imóveis. Nessa altura não foi o vereador Fernando Serpa que chamou a atenção para o lapso. Fui eu. E vale a pena ler a declaração de voto vencido que na altura fiz contrapondo exactamente os mesmos valores da actual proposta da CDU (coerência já com 3 anos!), e compará-la com a proposta do PS de então (ligação acima apresentada).
Quanto à diminuição do IMI acima da EN nº 124, uma só sugestão: ponham o Dr. Fernando Serpa a inventariar a propriedade, a Norte e a Sul da dita!
Quanto a facturas de água de quase meio milhão de euros: deixem o assunto para o Correio da Manhã (sem nº de contribuinte e de cliente, de preferência)!
Ah!, e fico suspenso quanto a saber quem era o COMISSÁRIO POLÍTICO, já que o tema vinha a propósito!