terça-feira, abril 11, 2006

Reciclagem "à Polis" III


Pode parecer má-vontade contra o programa POLIS, mas acreditem que não é. A sequela só tem continuidade por que os seus actores não param de lhe criar novos argumentos, cada vez piores e de mais mau gosto. Então não é que, não bastando as queimadas de lixos a céu aberto já aqui denunciadas, não bastando os descuidos no abandono de materiais tóxicos, lembram-se agora de fazer do leito do Arade depósito de entulhos!! Bem nas barbas do placard (countdown) do Polis que, coitado, há tempos que não sabe a quantas anda. Bem no momento em que corre um abaixo-assinado relembrando velhas promessas de desassoreamento e despoluição do rio, nunca cumpridas. Mas em que país, ou cidade, estamos? Não há autoridade marítima, não há autoridade de ambiente, não há fiscalização das obras que os empreiteiros POLIS desenvolvem?
Para já não falar do mau exemplo que se faz passar, logo por aqueles que são responsáveis por um programa de reabilitação urbana!!

5 comentários:

Anónimo disse...

Tenho visto por aqui muitas politiquices sobre tudo, mas analisando a fundo não passa conversa de escárnio e maldizer.
O Srº Ramos, como vereador podia ser mais político.
Fala das coisas mínimas. Assuntos que nem aquece nem arrefece a Srº Presidente.
Falando do Polis; houve uma Assembleia Municipal sobre este assunto com os técnicos do programa. Fiquei desiludido com os técnicos então com os digníssimos membros, fiquei apavorado com tamanha falta de inteligência.
Sempre pensei que os membros eram políticos que estavam lá para construir um construir um Concelho com futuro. Um concelho onde as pessoas vivessem felizes por serem felizes e não serem felizes para agradar a Srª Presidente. Sim, é que nesta aldeia tudo está feliz porque a Srª Presidente assim o deseja. Voltando ao assunto Polis.
Queriam os membros da CDU uma visita guiada a zona de intervenção. Para se inteirar da situação. Por favor… .
Quando sai de casa para vir a Assembleia Municipal, cheguei logo pelas 13h para ver falar com as pessoas e depois ouvir o que os técnicos e políticos tinham para dizer na dita Assembleia. A conclusão e simples: Os políticos não querem saber das pessoas. E os técnicos são uns paus mandados dos políticos.
Ao chegar uma Senhora idosa, dizia “ O senhor não pode estacionar aqui em cima tem deixar o carro lá ao pé do rio” Achei estranho … E perguntei porque. A senhora desabafou” a Srª Presidente não quer carros cá em cima. Quer que o meu marido e os meus vizinhos deixem os carros lá em baixo.(junto ao rio) … O pior, é quando eu for as compras com o meu marido. Deixo as compras aqui e vou pôr o carro lá em baixo e depois venho a pé para cima. E quando tiver de ir ao médico a noite a Portimão tenho de ir lá em baixo buscar o carro.” E verdade estamos a falar de pessoas com mais de 70 anos.
Achei estranho pensei que havia parques de estacionamentos. Fui conta-los. Ao pé do Centro de Dia dá para contar 6 a 7, mas como a Santa Casa da Misericórdia vai pedir alguns à Srª Presidente. Esta vai dar 5 ou 6, resta 1. Junto da Sé, nem sei talvez uns 5. Só espero que fique 1 para o Srº Padre. Na rua da Misericórdia 3, claro esta para o Lar. O único sítio que vi lugares foi nas traseiras da Câmara. Mas esses devem ser para a Srª Presidente vereação permanente e não permanente e ilustres da Câmara. Ou seja deve haver 5 lugares para os residentes.
É cruel e degradante o que os Srº Políticos fazem a estas pessoas.
Acessibilidades.
Está correcto entra se por um lado e sai por outro. O pior é na Rua da Misericórdia. A rua só tem um sentido. E quando chegar ao final da rua os carros nem sabem por onde voltar. As ruas são tão estreitas que nem um mini dá para dar a volta.
Passeios .
Passeios de 25 cm e depois com caixas de electricidade em cima. Por favor quem foi o Eng que fez este projecto e quem foi os digníssimos políticos que o aprovaram? Só espero que não acha acidentes. Mesmo se houver ninguém é culpado. Ok …
Numa das ruas, um passeio largo com acesso para cadeiras de rodas. Esplêndido. O pior é que o deficiente que usar o passeio, na outra ponta do passeio não tem desnível. O pobre tem de voltar para traz e a subir. E alem disso algumas estradas são tão estreitas que uma cadeira de rodas tem de andar na estrada.
Em alguns locais os passeios ficaram tão baixos que os residentes têm de usar uns degraus improvisados (tijolos) e noutros sítios os passeios ficaram acima da porta de casa. Adoro estes engenheiros.
Lixo
O Srº Vereador fala muito na selecção de lixo. Acho bem, aqui em Portimão já fazemos á muito tempo. Mas reconheço que podia ser melhor. Em todas as cidades tentam sempre por os contentores em sítios estratégicos e com o menor impacto visual. Em Silves fica nos sítios de destaque por exemplo no ponto mais alto da cidade de Silves. Junto ao Centro de Dia e futuro Jardim-de-infância. Srºs políticos aprendem, a selecção de lixo tem haver com educação e não com a localização.
Segurança
Realmente vi bocas de incêndios. Então e acessos a ruas por nas traseiras da Câmara? E a mobilidade dos carros dos Bombeiros? Srº Comandante dos Bombeiros, se o Senhor concordou com este sistema de trânsito. Demita-se o Srº é um perigo para esta cidade.
No meio disto tudo o que o programa Polis vai trazer para a cidade de Silves?
Requalificação, sim tudo tem um aspecto mais arranjado.
Segurança, um perigo.
Mobilidade de peões, coitados dos deficientes.
Qualidade de vida, sim para os que visitam. Os residentes não sentem isso.
O que isto vai provocar? Ficam as palavras de um senhor idoso. “ À uns anos isto era tão bonito… só nesta rua moravam 50 famílias agora somos só 10 famílias e idosos. Mais uns 6 anos e só restam 5. Era tão bonito ver a vizinhança da rua ao cair da noite apanhar o fresquinho da noite. As crianças que brincavam ali na mata (?) já se foram todas embora. … isto vai ser zona abandonada. … Já viu Óbitos, Marvão? De dia as pessoas a passearem e à noite tudo abandonado… é triste…”
Vendo in loco e depois assistindo a Assembleia Municipal, a conclusão è simples a Srª Engª do Polis foi esplêndida. Deu a volta aos políticos que estes só ficaram com a sensação que tudo está bem e que os gastos e o tempo estão controlados. E as pessoas? E os seus problemas? E o futuro para a zona ? Nada …
Cumprimentos

Manuel Ramos disse...

Caro senhor Joaquim Santos,
Agradeço o seu comentário, mas com o devido respeito, acho que se enganou no destinatário. Tudo o que refere faz sentido e é verdade. Na maioria dos casos até já coloquei semelhantes perguntas, fosse nos meus blogues, fosse em reunião de câmara. Mas sabe, quem tem a maioria, manda, e infelizmente, faz ouvidos moucos a qualquer crítica ou reparo. No entanto, não aceito a crítica, até porque se contradiz, de que devo ser mais político e que este blogue é só politiquices. Não vejo grande diferença no que faço em relação ao que me escreve. Só que o que faço é público e tem tido consequências práticas em diversas ocasiões. O que me escreveu, e o que provavelmente acabou por não dizer na Assembleia Municipal a que assistiu, isso sim, não teve, nem terá por certo, resultado palpável.
Os meus cumprimentos.

Anónimo disse...

Exº Senhor
Como é do seu conhecimento como Vereador de uma força politica que tanto intervêm na A.M. e fazendo algumas menções ao regimento do dito órgão. Nas Assembleia Municipais Extraordinárias, não esta contemplado audiência ao publico. Por esse motivo não me pude intervir.
Em relação de me ter enganado no destinatário, provavelmente tem toda a razão. Peço desde já as minhas desculpas. É que pensava que o dever de um Vereador mesmo não permanente deveria usar o seu cargo para defender os interesses de toda a população ou pelo menos dos Munícipes que o elegerem. Se estou errado por favor agradece antecipadamente que me indique quais os seus deveres como Vereador.
Como sabe em eleições democráticas à maiorias é o caso. E como é lógico o PSD usa dessa maioria. Também o PS e CDU também usaram. Mas isso não implica que o Srº use outros meios para fazer vingar as suas ideias. Poderia muito bem saber onde anda um baixo assinado que circulou em algumas ruas na zona Histórica, (segundo informações de residentes) e que ate ao momento não teve nenhuma aplicação. Ou então poderia providenciar para que existisse outro em colaboração com a Junta de Freguesia de Silves.
O Srº diz “… tem tido consequências práticas em diversas ocasiões” pode indicar que consequências praticas são essas. Peço desculpa, mas eu alem de não ler a “Voz de Silves “as suas iniciativas praticas talvez chegam ao comum dos mortais.
Possivelmente eu expliquei me mal, politiquices quero referir a assuntos como a bandeira azul, Viva a cortiça, Ribeira da Caixa d’agua, etc. E que todos nós sabemos que certos assuntos vão mal. Eu entendo que a politica deve ser feita para evitar esses problemas no futuro.
Não é fazer barulho por causa da perda da BA , como seja uma derrota para todos. Mas no entanto podia ter feito políticas nos anos 80 para evitar que houvesse condutas de esgotos de outros concelhos a fazer descargas no nosso concelho. Posso estar errado mas gosto de pensar assim.
Com os melhores cumprimentos, subscrevo
J.S.

Manuel Ramos disse...

Caro Senhor Joaquim Santos,
Quando digo que se enganou no destinatário, pretendo simplesmente dizer que quem pode realmente dar resolução aos problemas que enumera é o executivo. Eu posso colocá-los, procurar debatê-los, contribuir para a sua resolução, mas como a palavra indica, não sou executivo e não é costume serem muito bem acolhidas as sugestões da oposição. Ainda assim é isso que tenho procurado fazer nas reuniões de câmara, neste blogue e no outro, o "Blogue do Vereador", onde poderá saber melhor o que se passa nessas reuniões e quais têm sido as minhas iniciativas. Essa aliás, a do blogue, é desde logo a primeira das minhas iniciativas, inédita,refira-se. Nunca antes os munícipes puderam estar tão próximos do que se passa nas reuniões camarárias ou tomar conhecimento, como ali faço, das actas dessas reuniões. Nem a câmara as disponibiliza no seu desactualizado site!Quanto ao abaixo-assinado que refere, dir-lhe-ei que fui um dos seus subscritores e o único que questionou em reunião de Câmara a senhora presidente (sendo por ela até acusado de "instigar os moradores")quanto ao seu destino e acolhimento ( pode ler em http://vereadordacdu.blogspot.com/2005/11/2-reunio-camarria-ii-parte.html). Remetera-o para o POLIS que deu resposta inconclusiva aos residentes.
Quanto às minhas iniciativas práticas não preciso das enumerar, convido-o a visitar o Blogue do Vereador (http://vereadordacdu.blogspot.com/), talvez mais adequado para discutir estes assuntos. Lembrava-lhe, contudo, e a propósito de iniciativas, a protecção do fosso da caixa d'água no bairro do mesmo nome que se arrastava há décadas ou a recente denúncia do ignorado e, quanto a nós ilegal, protocolo de cedência de terrenos para a construção do complexo desportivo do Caniné.
Os meus cumprimentos.

Anónimo disse...

Exº senhor
Tive a ler o que me recomendou. Quero agradecer as suas diligências a favor da população da zona histórica de Silves.
E no meio disto o que mais me entristecesse é as políticas e os políticos.
E aqueles coitados que pouco conhecimentos tem para se defenderem e não terem ninguém quem lhes ajude. No tempo de Salazar a ignorância das pessoas resolvia muitos assuntos. Acho que neste assunto não há diferença nenhuma. Se a senhora Presidente disse o que disse. Pois só tenho a lamentar, por não ter tido sentimentos e carácter para ouvir os residentes. E apenas os técnicos que nem de Silves são. Mas uma coisa eu sei quem vier a seguir e se a câmara tiver dinheiro (o que duvido) o que esta Senhora fez será desmanchado e feito como deve ser. Se algum dia houver políticos credíveis e com visão.
Mas como dizia um jovem (possivelmente residente) da zona histórica. “ Eu quero é sair daqui, isto não tem futuro é mesmo para ficar abandonado…”
Srº Manuel,
Chego ao ponto de ter vergonha de ter no meu BI naturalidade Silves.
Com os melhores Cumprimentos
Joaquim Santos