sábado, dezembro 17, 2005

CELAS ganha acção judicial contra a Câmara


O Centro de Estudos Luso-Árabes de Silves obteve do Tribunal Administrativo de Loulé acórdão favorável na queixa que apresentara contra a Câmara Municipal de Silves. Em causa estava a intenção da autarquia, ultrapassando anteriores compromissos que, aliás, estiveram na origem e financiamento da reabilitação do antigo edifício do Matadouro, dividir esse espaço entre o CELAS, a autarquia e uma recém surgida pró-Fundação Al-Mutamide Ibn Abad de contornos e objectivos pouco claros. Eu que estive na Comissão Instaladora do CELAS, assim como Isabel Soares (então vereadora na oposição), não tenho memória curta, e ainda me lembro do que ali a actual presidente afirmava. Foi preciso ser poder e deixar terminar o edifício para surgir com uma nova e inesperada solução que deixaria o CELAS sem qualquer capacidade logística sobre o espaço, quando foi, até agora, entre os três pretendentes, a instituição que mais fez pela divulgação dos valores luso-árabes (vários encontros, publicação da revista Axarajib, cursos de língua e cultura árabes).
Oficiosamente, sabemos já que a Câmara irá recorrer deste acórdão. Esbanja assim dinheiros públicos e protela uma decisão que teima em contrariar.
É o poder autárquico que temos!

terça-feira, dezembro 06, 2005

As inaugurações apressadas costumam sair caro...


As inaugurações apres-sadas costumam sair caro. Todos o sabem. Alguns políticos no poder, porém, fazem por esquecer. Vem este desabafo a propósito da precipitada inauguração do Teatro Mascarenhas Gregório em 3 de Setembro passado (e ainda em obras!) e para o facto de, entretanto, continuarem a chegar à Câmara propostas de orçamento (?) para obras a mais, entretanto já realizadas (a terceira empreitada, até agora) e que incluem, ou alterações de projecto, ou emendas circunstanciais, sempre plausíveis, admita-se. No caso não, a empreitada deveria ter sido prevista, já que de uma obra de reabilitação (já não lhe posso chamar de restauro, porque não o foi) se tratava: a recolocação da velhinha placa alusiva à inauguração do Teatro em 1909 custou a todos nós a módica quantia de 150 euros e foi considerada trabalho a mais em 2º orçamento adicional! Do valor e dimensão da empreitada, julguem os leitores pela imagem...

sexta-feira, dezembro 02, 2005

Dissonâncias...


Numa rua (Cândido dos Reis) que há alguns anos poderia ter sido classificada enquanto conjunto arquitectónico de valor concelhio crescem como cogumelos as dissonâncias que a irão conduzir à descaracterização total. À revelia de todos nós, com o beneplácito de todos nós.
Como candidatos a património mundial (demagógica promessa da senhora presidente de câmara que remonta a 2001) temos muito que aprender, e a inverter...

terça-feira, novembro 29, 2005

Polis por mais dois anos...


Eu não disse! (cliquem na profecia) E nem sou bruxo! Aqui está a prova. Preparem-se silvenses para mais dois longos anos de Polis, exactamente os que se perderam de início por má programação e muito trabalho de casa por fazer. O painel countdown do Polis sofreu de ontem para hoje, sem pré-aviso, uma subtil alteração. Poucos se deverão ter apercebido. Antes que chegasse aos negativos (o que deveria acontecer para vergonha dos responsáveis!), foi cirurgicamente sabotado. Ao invés de apresentar 32 dias para a conclusão deste programa, exibia agora uns confortáveis 762, o que remete a sua conclusão para Dezembro de 2007. Mais dois anos!! Uma estrutura caríssima como aquela nem sei para que serve, já que é simplesmente para ignorar!? A Câmara Municipal e o Polis, noutras alturas tão prolíferos na produção de comunicados à população (temos o exemplo da inauguração do inacabado parque de estacionamento ribeirinho em vésperas de eleições), bem podia vir agora a terreiro explicar das suas razões. Virá fazê-lo? Veremos...

sexta-feira, novembro 25, 2005

Panfleto ou Jornal?-II Parte



Se dúvidas tínhamos quanto a isso, foram agora desfeitas.

Como alguns por certo se aperceberam (com certeza não foram os 14 000 que o srº Ligne diz lerem a coisa!!, que tem como tiragem 3000 exemplares!!, dos quais são devolvidos provavelmente número aproximado), na edição nº 359 de 20.10.2005, a Voz de Silves, na pessoa do seu director, resolveu dar honras de 1ª e 2ª páginas à minha pessoa e ao blogue que subscrevo. A inspiração teria sido o texto que escrevi a propósito do critério redactorial desse quinzenário em vésperas de eleições (
clique para ler), e que enviei para a redacção, dando dele conhecimento e pedindo a sua publicação na rubrica "Correio do Leitor". É claro que fui censurado, pois o director dessa dita, e cito, "tribuna livre", impôs condições inadmissíveis que não aceitei (clique para ler a resposta de Arthur Ligne ao meu pedido de publicação, designadamente o último parágrafo). No artigo do senhor Ligne que motivou o meu posterior pedido de rectificação/resposta, e sem nunca mencionar o meu nome ou o do blogue sobre o qual escrevia (o que do ponto de vista jornalístico é, desde logo, "exemplar"), caracterizou-me profusamente com alguns adjectivos, muito habituais na sua escrita, que auto-intitula de "jornalística". O texto em causa mereceu da minha parte, como seria de esperar, e conforme prevê a lei de imprensa, a merecida réplica, enviada por carta com aviso de recepção assinado no dia 3 de Novembro corrente. Não obtive resposta alguma, ao contrário do que o srº Ligne diz ser a sua prática corrente, nem vi publicado o meu texto nas duas últimas edições da Voz de Silves. Pior, ao invés de respeitar o direito legal de resposta previsto na lei ( o que desde já será alvo de queixa à Alta Autoridade para a Comunicação Social e ao tribunal competente), prevarica segunda vez quando utiliza agora a página central da coisa nº 359 de 22 do corrente para vir novamente à liça com mais insinuações, misturando-me com cartas anónimas e ameaças de morte (será mesmo assim??) quando o que até agora fiz, foi escrever num blogue cuja autoria não é anónima e remeter uma carta, assinada pelo remetente e com aviso de recepção, à qual não faz qualquer referência no seu texto, mas que deixo aqui aos leitores já que o srº Ligne dela se esqueceu (clique para ler).

Fico hoje por aqui. Mas a novela vai ter continuação...

quarta-feira, novembro 16, 2005

74 dias depois


74 dias depois...
após bem badaladas e exclusivas inaugurações, continuamos em obras...
(Teatro Mascarenhas Gregório e Arquivo Histórico Municipal)

segunda-feira, novembro 14, 2005

Mais uma herança desbaratada


É já lugar comum, entre os responsáveis políticos e não só, afirmar que o futuro do concelho e, em particular, o da cidade de Silves, passa pela valorização do seu importante património histórico/arqueológico. O PSD deste concelho tem mesmo apresentado nos seus programas eleitorais o compromisso (quanto a nós demagógico e pouco esclarecido) de candidatar Silves a Património Mundial! É, contudo, bem diferente a prática corrente das intenções anunciadas. Durante os mandatos PSD não se realizou uma única classificação de um imóvel, não foram defendidos os direitos dos já existentes (caso Vila Fria) e ninguém sabe ao certo o que é imóvel classificado neste concelho.
Nos últimos tempos assistimos a mais um caso lamentável. A norte da Fábrica do Inglês, um empreendimento urbanístico privado, devidamente licenciado, irá destruir os vestígios de um importante bairro islâmico do séc. XII-XIII. E nada se pode fazer, além do que está sendo feito. Isto é, as escavações arqueológicas de emergência, pagas pelo empreiteiro, de modo a salvar um registo científico (gráfico e fotográfico) único no país. Único, porque se trata ( e foi referido por especialistas na matéria presentes no recente Congresso de Arqueologia realizado em Silves) de um importantíssimo conjunto habitacional (com habitações completas, equipadas com latrinas, infra-estruturas industriais, viárias e hidráulicas) de que há poucos paralelos no país. O que se irá salvar será só uma nora (extraordinária pela qualidade de construção) a integrar o futuro parque de estacionamento subterrâneo. E tudo porque as sondagens que se realizaram a pedido do IPA (Instituto de Arqueologia) só foram feitas após o licenciamento da obra ( e por isso desde logo sob condições), o que, numa cidade como Silves, é de todo incompreensível.
Se queremos realmente promover a cidade e este concelho como destino cultural, não podemos continuar a encarar as questões do património como marginais. Se as queremos fazer prioritárias, e queremos que todos assim as encarem, também temos que dar contrapartidas a quem é, a bem do interesse público, individualmente prejudicado.

segunda-feira, outubro 31, 2005

Sede de Candidatura


Sede da Candidatura de Silves a Património Mundial

Uma tradição em vias de extinção

A centenária Feira de Todos-os-Santos de Silves é, tudo o indica, uma tradição moribunda. Outrora a mais importante feira algarvia, tem nos últimos anos perdido muito do seu vigor, do seu tipicismo. As causas são múltiplas: umas estruturais, outras bem mais conjecturais. Entre as de ordem estrutural podem enunciar-se as alterações nos hábitos de consumo, nos hábitos de lazer, na facilidade de acesso aos mesmos divertimentos durante todo o ano, até nos hábitos de poupança pessoal (bem me lembro de amealhar todo o ano para a feira e, quando esta chegava, esperar pelas "feiras" de pais e avós); entre as causas conjunturais estão as dificuldades criadas àqueles que das feiras e mercados ainda fazem forma de vida. É a concorrência das grandes superfícies ou dos parques temáticos de lazer, são os impostos e as taxas autárquicas, são os espaços que as autarquias (não) disponibilizam. Na Idade Média, os reis e os concelhos portugueses libertavam-nas de taxas e concediam especiais privilégios aos que as frequentassem (as chamadas feiras francas) na tentativa de fomentar o comércio e a dinamização económica das regiões mais deprimidas. Hoje, algumas autarquias (como é o caso da de Silves) asfixiam-nas com taxas e obrigações que os feirantes não podem comportar, deslocam-nas para lugares com duvidosas condições. Há meses que não se faz o mercado mensal em Silves. Talvez para o ano só haja mesmo a Feira de S. Martinho, em Portimão, este ano com abertura antecipada dada a situação que em Silves foi criada. Passará então a realizar-se no dia 2 de Novembro, Dia dos Fiéis Defuntos!!
P.S.-Sobre a feira leia-se também o que já escrevi em... http://sacodosdesabafos.blogspot.com/2005/10/feira-de-silves.html

quarta-feira, outubro 19, 2005

Lixo biológico


Estando nós a poucos metros do Parque Biológico da Serra de Silves (mas em terrenos particulares, por acaso meus), até poderíamos julgar que este aterro realizado com entulho nada teria de contra-biológico. Mas não, caros leitores, é entulho, puro e duro, das obras realizadas recentemente neste parque por um empreiteiro ao serviço da C.M.S.. Poderia até ter sido descuido, mas o que parece ser até é bem pior: em parte já calcado e aplanado, ganhou recentemente a companhia de algumas árvores (5 ou 6) cuja plantação não foi autorizada neste terreno privado. E assim se pretendia fazer um parque de estacionamento sem autorização. É a política do facto consumado.
Mais um caso para tribunal...

A cor também é cultura


Passadas que são as eleições autárquicas, espero que o Partido Socialista devolva a este edifício oitocentista, em pleno centro histórico, a dignidade e a cor a que tem direito: o branco cal...

sábado, outubro 15, 2005

Vão demolir a Cruz de Portugal!


Podia ser título de um desses jornais sensacionalistas que por aí há. Podia, mas não é. É brincadeira minha! Mas sobre um assunto sério e uma atitude que já é caso corrente em Silves: a falta de informação. Sobre o que realmente está acontecendo junto à Cruz de Portugal não se informa nem munícipes nem turistas ( e são muitos) que por ali passam. Nem uma planta do projecto, nem um cartaz informativo do que vai ser. O que se vê é uma demolição e um monumento nacional a cujo acesso somos impedidos!
P.S. - Vem a propósito dizer que este monumento não pode continuar como está e onde está (pelo menos o original) por mais tempo, se queremos preservá-lo. Não seria boa altura para o fazer?

Ainda o Polis...

Por que a memória é curta, nada como avivá-la, comparando o que era com o que agora é...
Vejam em
Região Sul (21.06.2002).

quarta-feira, outubro 12, 2005

Countdown


Futuro (?) Museu da Arrochela
(foto de Outubro de 2005)
O relógio do Polis enceta a contagem final. Faltam pouco menos de três meses para se completar o prazo de quatro anos que este projecto de intervenção urbana previa. Pode a muita gente, mais distraída, impressionar tanta movimentação, tanto buraco, tanto estaleiro de obra. E ficar pensando: a coisa mexe, nunca se viu coisa assim, grande obra, sim senhora...
Mas não é bem assim... Para um plano que estava perfeito, o melhor inter pares (parafraseando a senhora presidente) quando foi apresentado a concurso, demorou na sua implementação. Foram precisos quase dois anos para aquecer os motores, para se iniciarem adjudicações e obras. Resultado: está tudo a acontecer ao mesmo tempo, com graves prejuízos para o funcionamento urbano e para o dia-a-dia dos silvenses. Mais, nem tudo está a acontecer, nem tudo vai parar de acontecer depois de Dezembro de 2005, mesmo que o relógio Polis não conheça os números negativos. Vejamos...
Das obras enunciadas, muitas foram pura e simplemente enfiadas na gaveta e socorro-me do Plano Estratégico publicado pelo Programa Polis: a musealização da Arrochela (Silves vai ter espaço de musealização arqueológica. Isabel Soares, Executiva da Câmara Municipal de Silves refere que "foi mandado executar um projecto de musealização desse espaço em Arrochela", passando Silves a contar, em breve, com um novo espaço de musealização arqueológica. in Região Sul, 27 de Setembro de 1999), Casa da Música (seria para a Filarmónica ou seria a que fizeram no Porto?), remodelação do Mercado Municipal, recuperação do Moínho Valentim e percurso pedonal até ele, dessasoreamento do rio e criação de área de estada na margem esquerda, campo de jogos e pista de atletismo, aquisição do Palácio Grade (Viscondes de Lagoa), criação de duas novas acessibilidades a norte da cidade. Nada disto foi feito, nada disto parece vir a ser concretizado a breve prazo. Mas vejamos outras que, embora começadas, não terão concretização nos próximos três meses, nem nada que se pareça: a reabilitação urbana do centro histórico está ainda numa primeira fase (modernização das redes de subsolo e eliminação de redes aéreas, sem garantia do desaparecimento das feias antenas televisivas); o arranjo interior do castelo e a musealização das suas torres (a que aludimos em post anterior) é coisa para mais de um ano, quando poderia ter começado logo de início; o Teatro Gregório Mascarenhas, já inaugurado com pompa e circunstância, continua em obras e sem plano estratégico, director ou programação conhecida; o Jardim Cancela de Abreu, não incluído no Polis nem em obras complementares, continua ao abandono, embora em vésperas de eleições, em reacção a uma faixa ali colocada e a um post aqui realizado, tenha surgido espalhado pelos cafés locais um esquisso, tão velhinho quanto a obra do ex-matadouro (para quem sabe), do arquitecto Alegria, e que fala num prazo de execução de 9 meses!
É o Polis que temos...

segunda-feira, outubro 10, 2005

Raínha por mais 4 anos!


Parabéns a Isabel Soares pela maioria absoluta reforçada agora conseguida. Veremos como reinará, se em monarquia absoluta, se em liberal.
Parabéns ao Partido Socialista, agora a segunda força no concelho. Curioso estou com a forma como fará oposição, agora que as posições relativas se inverteram.
Parabéns à CDU, pela campanha que fez e em que participei. É pena que hoje em dia fazer trabalho de campanha sério, crítico, propositivo, porta-a-porta e com escassos apoios financeiros (marketing político) seja tão inglório.
Parabéns ao BE, pelo seu esforço de campanha, pela prestação de Carlos Cabrita no debate conjunto da Rádio Racal, pelas alternativas que propõe.
Só não dou os parabéns ao CDS, porque não dignificou estas autárquicas em Silves. Limitou-se a apresentar um candidato(a) para fazer "número" nas estatísticas...
Nota final: Leitores, mais uma vez: obrigado pela vossa participação. Este blogue continua e, seguindo a sugestão de um dos meus assíduos leitores (Miguel Nobre), vou estudar a forma de o tornar mais interactivo, fazendo dele um Fórum. De ideias, de debate local.

sábado, outubro 08, 2005

Por agora chega!


Entrei em reflexão, depois de uma intensa campanha que também passou por este blogue.
Volto no domingo, ou na segunda-feira, o mais tardar.
Obrigado a todos os que me acompanharam!
Manuel Ramos

sexta-feira, outubro 07, 2005

Panfleto ou Jornal?


A Voz de Silves é um panfleto partidário ou um jornal?
Poderia ser uma qualquer pergunta feita nesses concursos televisivos que por aí andam. A resposta correcta, na minha opinião, seria a primeira hipótese. Passo a explicar.
1º - O director desta publicação é concomitantemente Chefe de Gabinete de Imprensa da Câmara Municipal de Silves (por interposta pessoa, na prática, todos o sabemos). Ali regularmente publica, seja em seu nome próprio, seja na qualidade atrás referida, numa promiscuidade baralhante;
2º - Qualquer situação que do ponto de vista crítico incomode a C.M.S. tem imediata resposta crítica na Voz de Silves, não em um qualquer comunicado com origem municipal (embora o autor seja o mesmo, sempre se salvavam aparências);
3º - Finalmente, e só para abreviar, faça-se a análise do último número, saído a 5 de Outubro, sobretudo a nível do conteúdo redactorial:
-Primeira página - Grande destaque para as sondagens(?) realizadas pelo jornal Barlavento que davam a vitória a Isabel Soares e à CDU um valor rídiculo de 5%. Apesar de o autor colocar em dúvida estes valores ao longo do artigo, a manchete ali está. É o que a maioria irá ver e ler! Outros destaques na primeira página: "São Bartolomeu de Messines a sede de concelho? Pois então!" e "Matadouro de Silves merecia outra preservação", e a colocação do Padre Carlos Aquino em Silves. Sobre esta última, nada a dizer. É realmente notícia. Agora a do matadouro, onde se dizem tantos disparates, revelando-se tanto desconhecimento do que realmente se passa e passou, é confrangedor ter honras de destaque. Mas o que realmente me intrigou foi o trabalho sobre Messines. Algo datado (2003), é agora repescado e ganha honras de destaque na primeira e numa das páginas centrais. Li-o atentamente. Muitos encómios a Messines e ao seu povo trabalhador, hospitaleiro e por aí adiante de adjectivos bonitos. Na parte final um utópico apelo que já há algum tempo não ouvíamos (nem nos programas eleitorais de nenhum dos candidatos à junta de Freguesia), considerando os tempos que correm e a situação real da vila (desprezada e abandonada por esta gestão PSD na câmara e na freguesia): «São Bartolomeu de Messines merece ser sede de um novo concelho!» .
Para quem saiba ler nas entrelinhas isto só pode ter um sentido. Branquear os erros da gestão municipal nesta importante vila (o último teve como palco a própria igreja matriz) e conquistar os votos, determinantes, desta freguesia. Pois não é que o autor até confessa: "(...) Costuma até ser voz corrente em qualquer período eleitoral que o partido político, cujos candidatos ganhem a freguesia de São Bartolomeu de Messines, tem as eleições autárquicas praticamente ganhas nas urnas no concelho de Silves como um todo.(...)». Claro como água!
Para finalizar esta análise à composição redactorial deste último número da Voz de Silves, um comentário à preciosa carta de um leitor, "silvense atento e responsável", na rubrica Correio dos Leitores (2ª página). Depos de desenrolar todo um rol (quase só comparável ao do manisfesto de campanha PSD) de obras realizadas em Silves por esta gestão autárquica, nas quais inclui a Fábrica do Inglês (privado), o Palácio da Justiça (poder central, terreno cedido e ajardinamento exterior pela câmara), Biblioteca Municipal (investimento em grande parte alheio), Instituto Piaget (julgava que era privado?!), fala no Centro de Estudos Luso-Árabes (já não se diz assim, é politicamente incorrecto, é só ex-matadouro ou Fundação Al-Mutamide!!, amigo), desconhecendo a caricata situação que a câmara criou. É demasiado desconhecimento... Depois, nem de propósito, quem é que ataca? A Junta de Freguesia de Silves, atribuindo-lhe as responsabilidades que efectivamente não lhe cabem, a saber: a geral remodelação do espaço do antiquado (mas com valor arquitectónico, atenção) Mercado Municipal de Silves. Fique a saber esse senhor que há 6 anos que adormece nas gavetas camarárias um propósito de intenções de reabilitação deste espaço. Entretanto, nas freguesias com outra tonalidade partidária, lá vai a Câmara fazendo investimento, seja na melhoria (Messines, Armação), seja na construção (Alcantarilha). Curioso também é que, entre os vários programas à junta de freguesia de Silves, o único que faz menção ao mercado seja a CDU com Mário Godinho, e cito:«Diligenciar junto da Câmara Municipal de Silves para que seja feito no mais curto espaço de tempo a remodelação do mercado, nomeadamente, a melhoria das condições higieno-sanitárias.»
E fico por aqui.
Desde já disponibilizo este texto à Voz de Silves para que, se assim o entender, veremos, o insira na rubrica Correio dos Leitores, fazendo menção retrospectiva à carta referida (faço cópia e conhecimento dele, por mail, ao director-adjunto por desconhecer o do director).

Obra Feita!

Não tendo tido tempo, dinheiro ou descaramento para fazer sair o Boletim Municipal antes das eleições (cuja regularidade o teria feito sair no passado mês de Junho), lançou o PSD na ante-véspera do final da campanha eleitoral, um boletim semelhante, profusamente ilustrado, a que chamou "Autárquicas 2005 - Mais e Melhor". Deixo para outra ocasião o comentário a algumas das afirmações ou questões colocadas por esse legítimo manifesto. O que quero agora fazer é uma apreciação ao encarte (suplemento) que o acompanha sob o título "Prometemos e Cumprimos. Veja Obra Feita!". O rol é extenso, pois reporta-se a 1998. Oito anos, ... são oito anos. Muitas das obras que ali são enumeradas, são ridículas pela dimensão, descrição e volume das empreitadas (instalação de 2 bancadas para venda de pescado no mercado municipal de Messines ou execução, transporte e colocação de 4 árvores em mármore branco no arranjo urbanístico do Largo das Finanças-Silves); outras são repetidas por dois, três anos (pavimentação de passeios junto à escola EB 2,3 de Messines 2001-02); outras, iniciaram-se em 2001 (Mercado novo de Alcantarilha), estão ainda incompletas em 2005, apesar de já terem tido duas inaugurações!); outras, são já referidas em 2003 (recuperação da cisterna almoada do castelo de Silves) e ainda nem começaram! outras, ainda, não são obra, são projectos de obra (projecto de estabilidade, segurança, higiene e saúde do Museu do Traje[?]). Mas como é mais fácil, por que a memória é curta, debruçamo-nos agora sobre o ano de 2005, aqui vai:
- Execução da Fonte Ornamental na rotunda da Torre Ibérius (passei por lá há dois dias e não vi nada)
- Construção do Jardim Municipal em Messines ( o que lá vejo é uma vedação, o terreno movimentado, e um painel publicitário cujo plano tem 4 anos!)
- Parque de Estacionamento na zona nascente da Praça Al-Mutamide ( só se for o do Lidl, o outro que lá vejo é o da imagem!)

- Execução do muro de vedação e da iluminação do Parque de Feiras de Messines ( o que lá está é um ilegal painel que não foi retirado depois da decisão da Comissão Nacional de Eleições. Hoje vi lá dois isolados trabalhadores, uma máquina que fez um roço e uma betoneira que o enchia. O roço deve ser para o muro, presumo, não vi é trabalhos para a iluminação. Também sem projecto aprovado e com uma verba de 1000 contos no orçamento de 2005, faz-se o quê? Só para inglês, ou eleitor distraído, ver!!).
- Concepção e construção da Ecovia do Litoral Algarvio-concelho de Silves (onde? quero saber pois tenho vontade de fazer umas voltinhas de bicicleta. Talvez se refiram aos passeios em calçada portuguesa que vão de Alcantarilha a Armação e que muito jeito faziam entre a estação de Silves e a cidade!).
Uma última questão coloco: com uma linguagem tão técnica em alguns dos itens, com um tão apurado conhecimento de tais pormenores que se reportam até 1998, quem terá tido o encargo de fazer este rol, o partido ou a Divisão de Obras Municipais?
Enfim, se isto e muito mais que por lá vai, é OBRA FEITA, gloso o cartaz que a Câmara Municipal colocou junto à auto-estrada do Sul (Palmela-Setúbal) e digo: "Vai lá, vai..."

Reino do Já Vale Tudo


Palpita-me que não são aqueles que apoiam o que escrevo os meus mais assíduos leitores. O que até é bom! Digo isto, não só pelos comentários que recebo, muitos deles anónimos e insultuosos (já censurei até alguns pela duvidosa qualidade da linguagem), o que é desde logo lamentável, mas pela resposta quase imediata que recebem no terreno as críticas que aqui faço. Cito exemplos, um pouco ao acaso: lembram-se do camião com a bandeirinha? no dia seguinte o mesmo camião já não a tinha; lembram-se da crítica ao estado do jardim Cancela de Abreu? pois foi-lhe feita uma maquilhagem, um botox; lembram-se da referência ao descontentamento dos moradores da zona histórica e ao seu abaixo-assinado? pois hoje foi feita limpeza e caiação em toda a zona; lembram-se da incógnita quanto à feira de Silves? pois ontem saiu anúncio pago no Correio da Manhã informando que será no Encalhe (?). Enfim, tudo vale para tapar o sol com a peneira. Hoje, último dia da campanha eleitoral, a situação atingiu os limites do razoável. Foi profusamente distribuído entre os comerciantes da baixa silvense um panfleto anunciando o seguinte, e cito: " No sentido de minimizar os efeitos das obras Polis na Cidade de Silves, vai a SilvesPolis proceder à abertura parcial e condicionada do Parque de Estacionamento (...) O referido espaço estará disponível a partir de Sábado, dia 8 de Outubro de 2005, para parqueamento de 330 viaturas."
Perante este panfleto, que não sei classificar, coloco as seguintes questões:
1º - Quem pagou este flyer eleitoralista de última hora: a SilvesPolis, o PSD local ou os dinheiros de todos nós?
2º- Realizar uma inauguração (parcial e condicionada, seja lá o que for o que isso quer dizer!) na véspera de eleições é, no mínimo, imoral. Mas é pior, é segundo a lei violação do princípio de reserva de campanha política, para mais de um titular de um cargo público (a presidência camarária).
3º- Afinal houve pré-inauguração, privada, ainda hoje, ao fim do dia, exclusiva e expressamente para a caravana partidária do PSD que ali fez uma demonstração de condução exuberante e ruidosa. Dez minutos antes, e após ter visto o também hoje instalado placard Polis à entrada da cidade anunciando o novo estacionamento, maliciosamente perguntei a um funcionário em trabalho na zona se poderia estacionar ali. A resposta foi uma rotunda negativa. Pergunto: o que é que é isto???
4º Como se sentirá o Partido Socialista no meio de tudo isto? Afinal foi Sócrates que entregou a Silves este mini-polis. Agora ele é escandalosamente utilizado, em meios e verbas (acrescente-se públicas), conforme o calendário eleitoral dos presidentes em exercício nas câmaras que tiveram esta oportunidade. Não há nada na lei que impeça estas sociedades anónimas de capitais exclusivamente públicos de colaborarem descaradamente nas campanhas eleitorais, seguindo os timings e as directizes do poder instituído? Não é isso que aconteceu em Silves durante esta última semana?
Vivemos no Reino do Já Vale Tudo!

quinta-feira, outubro 06, 2005

Debate e rebate


Hoje foi dia de debate radiofónico autárquico. Muito público assistente, o que é bom, pena que não participe também nas assembleias municipais (incluo-me nesta crítica, muito embora as acompanhe indirectamente)! O debate acabou por ser razoável, embora pudesse ter sido bem melhor se a postura da candidata pelo PSD, actual Presidente da Câmara, tivesse tido mais elevação, qualidade e, sobretudo, respeito pelo espaço dos seus adversários de conversa. Foi um bom exemplo do perfil já conhecido de arrogância, autoritarismo, demagogia, até mentira. Pena que não tenha sido filmado, pois até no aspecto gestual esteve inqualificável.
Gostei da postura de Carlos Cabrita, candidato pelo BE. Sereno, inovador nalguns assuntos, utópico em outros. Mas convicto e sincero. Lisete Romão teve também alguns bons momentos. Naquilo que melhor conhece, a saúde. Não foi feliz quando puxou alguns dos "galões" em relação à obra do Instituto Piaget. Agora, muito bem (e outra coisa não esperariam vocês que eu dissesse, mas houve gente insuspeita que o reconheceu), foi Francisco Martins pela CDU. Seguro do que dizia, criticou de forma sustentada e civilizada a gestão camarária, mantendo inalterado um discurso claro, informado, propositivo.
Foi o grande vencedor da noite.
Nota final (fora de contexto): Estranhei vivamente que grande parte da avenida marginal estivesse às escuras e o ainda não terminado parque de estacionamento feericamente iluminado. Deslocou-se a luz de um para o outro sítio, precisamente na noite em que todos passariam ali para o debate. Querem tapar o sol com a peneira?

Honra aos caídos...


Há dois problemas com esta recente placa toponímica no sítio da Estação de Silves. Primeiro por que tem um erro ortográfico, pois quando se fala em «vila romana», usa-se a palavra «villa» (em latim, casa senhorial romana, rústica ou urbana); mas esse é talvez o erro menos grave (embora aparentemente tenha passado o crivo da Comissão de Toponímia local), pois o nome que mais convinha agora a esta rua era "Rua da Destruída Villa Romana" já que foi arrasada há cerca de dois meses na sequência da construção do campo de golfe da Vila Fria (o das lagoas, lembram-se?). Alegou-se desconhecimento da existência do referido complexo arqueológico, classificado como Imóvel de Interesse Público (Dec. nº 67/97, DR 301 de 31 Dezembro 1997). Difícil de engolir! pois bem, aqui fica a prova de que mesmo tendo o nome numa rua, ou sendo monumento classificado, isso não nos garante protecção municipal!
Agora fico à espera para ver se o Golfe não se irá chamar qualquer coisa como "Golfe da Villa Romana"!!

quarta-feira, outubro 05, 2005

Uma História Interminável !



Poderia desde logo ter sido a primeira obra a ser lançada pelo Polis. É o ex-libris de Silves, há vários anos aguardava reabilitação e, desde o ano 2000, não recebe o Festival da Cerveja. Os primeiros trabalhos, todos sabiam, passavam pela arqueologia. Não eram obras. O plano de trabalhos seria dos arqueólogos. Quanto ao plano de reabilitação já existia mesmo antes do Polis. Verbas, fossem canalizadas como deviam as receitas das entradas no castelo (o 2º monumento mais visitado no Algarve), também as havia. Ainda assim, talvez sejam estas as obras que mais tempo irão ficar por aí, muito depois do relógio ficar a zeros. Talvez mais um ano, ano e meio, veremos. Pelo meio, algumas tropelias. Empreiteiros que saem, empreiteiros que entram. Um deles chegou mesmo à pouca vergonha de usar as muralhas para fazer publicidade!

terça-feira, outubro 04, 2005

Vale tudo!


Estrada Nacional nº 124, Silves-Messines. Obra de reabilitação há largos anos aguardada, da responsabilidade do Instituto de Estradas de Portugal, foi agora iniciada. Nada a dizer dos timings, só pecam pelo atraso. Estranho é a abertura de três frentes de trabalho: à entrada de Messines, à entrada de Silves e na zona da Cumeada, a meio do percurso. Dispersam-se homens e máquinas, criam-se três pontos de paragem obrigatória ao trânsito! Mas o que realmente me deixou boquiaberto foi ver, num veículo privado pertencente a um conhecido empreiteiro local, provavelmente senhor de uma sub-empreitada nesta obra de carácter estatal, ostentar em tempo de trabalho, tão destacada bandeira eleitoral.
Já vale tudo!

Há campanhas e campanhas...


Embora não querendo aqui alimentar a polémica, no caso vã, com os "comentadores de serviço", não posso deixar de responder por que me sai a talhe de foice, ao suposto Joaquim Soares. A propósito do artigo "Atenção, ainda há quem viva no 24 de Abril", e desvalorizando o que ali se critica, diz no seu comentário : «(...) Mas, ó autor do blogue, querer reconduzir tudo a lutas políticas, a violações de liberdade, etc., é extremamente redutor.(...)».
Em resposta à sua pseudo ingenuidade, aqui publico uma imagem que se multiplicou em Messines após a passagem de uma caravana política.
"É óbvio que é coisa de putos..."

segunda-feira, outubro 03, 2005

Valeu a pena!


Não sei qual dos dois factores foi determinante: se a faixa que a CDU colocou no Jardim Cancela de Abreu dizendo "O futuro não passou por aqui", se o facto de no domingo muitos dos eleitores de Silves usarem este jardim como caminho para as suas secções de voto. Talvez os dois, agora não interessa. Só interessa é que os bancos do jardim finalmente conheceram restauro geral!
Viva o oportunismo, daqueles que colocaram a faixa e daqueles que quiseram anular o seu efeito eleitoral!
Valeu a pena!

A Feira de Silves

Feira de Silves, óleo sobre cartão de Samora Barros (reprodução parcial), s/d
A Feira anual de Silves, mais conhecida por Feira de Todos-os-Santos, é de bem antiga tradição. É um espaço de memória colectiva para muitos ( Local & Blogal). Nos seus bons tempos era uma das mais afamadas e concorridas feiras algarvias. Foi perdendo muita da sua genuinidade e importância nos últimos tempos. Agora, a pouco menos de um mês da sua regular e, que eu saiba, ininterrupta realização centenária, todos nós - e mais ainda os feirantes- perguntamos: Vai haver Feira de Silves este ano? Onde? É que mercado mensal há mais de um mês que não se vê!
Pode não parecer, mas tudo isto é cultura, tudo isto é património...

sábado, outubro 01, 2005

Amanhã lá estarei!



















Amanhã de manhãzinha lá estarei, câmara fotográfica nas mãos, em plena Serra de Silves para constatar, espero, aquela que foi uma vitória da opinião pública contra a incompetência e laxismo dos nossos dirigentes. Refiro-me à situação de ameaça que recaía, veremos se não recai ainda, sobre o património cinegético da Serra de Silves. Estão de parabéns todos os que colaboraram neste importante quanto histórico movimento pela conservação da Natureza. A Associação Viver Serra e o seu presidente Eng. Paulo Reis, o Local e Blogal (veja-se http://blogal.blogspot.com/2005/09/que-viva-serra.html), este mesmo Saco dos Desabafos, modéstia à parte (http://sacodosdesabafos.blogspot.com/2005/09/atentado-ambiental-com-data-marcada.html), o jornal Barlavento, Correio da Manhã, Região Sul, a TVI, enfim , todos os cidadãos anónimos que enviando mails ou espalhando a notícia desta ameaça, alertaram os caçadores menos informados e obrigaram as entidades oficiais a se pronunciarem favoravelmente sobre este assunto. Prova disso é a notícia do Região Sul que adiante reproduzo na íntegra:

«Interdita a actividade cinegética na Zona de Caça Turística de Silves
Governo Civil avisa que as autoridades actuarão em conformidade
Um comunicado emitido esta tarde (2005.09.30) pelo Governo Civil de Faro refere que "ao invés do que tem sido referenciado, de modo próprio em alguns órgãos de comunicação social, não será permitida a actividade cinegética na Zona de Caça Turística de Silves (ZCT), com início previsto para domingo dia 2 de Outubro".
Adianta o mesmo comunicado que, "não obstante a caducidade da concessão daquela zona cinegética, de acordo com a legislação em vigor, a mesma não foi ainda formalmente extinta ao abrigo do nº 2 do artº 50 do Dec-Lei nº 202/2004 de 18 de Agosto".
Esclarece ainda aquele documento do Governo Civil que a nova portaria "extingue parcialmente a ZCT atrás referida precisamente no que respeita à área sobreposta e resultante da anexação dos respectivos terrenos à zona de caça associativa (ZCA) de Monterroso. Assim sendo, as autoridades de fiscalização, em especial a GNR, actuarão em conformidade na defesa e protecção dos valores integrados na ZTC de Silves, não permitindo a caça às espécies ali existentes".
Recorde-se que a abertura da caça tem lugar amanhã, dia 1 de Outubro (
dia 2 de Outubro, correcção nossa), de acordo com o calendário cinegético em vigor. »

Região Sul, 30 de Setembro de 2005




Não é o 3º mundo, é o bairro da Caixa d'Água!



Não, dirão vocês, isto são imagens de um qualquer país do 3º mundo. Mas não são! São de Silves, do Bairro da Caixa d'Água, aquele que o senhor António Guerreiro, candidato à Junta pelo PSD, disse no debate da Rádio Racal ter visitado e não considerar de modo algum degradado! Minha nossa senhora, apetece dizer! Então este barranco pestilento não é uma vergonha e um atentado à saúde e segurança públicas de todos os que ali vivem? E a "caixa de água" que até deu, sei lá, provavelmente nome ao bairro, não está ali há tantos anos ameaçando a vida de centenas de crianças ou qualquer incauto viandante. Esta é uma sombra de vergonha que recai, não sobre um só, mas sobre todos os executivos municipais que Silves já conheceu!

Atenção, ainda há quem viva no 24 de Abril !


Um dos vários cartazes da CDU vandalizados por aí.



São riscos e rabiscos, são bocas anónimas, cobardes, de quem não tem, nem suficiente coragem para as assinar, nem sabe que neste país há liberdade de expressão, mas só para quem assume as responsabilidades do que diz. Por isso dou adiante publicidade a esses dois pobres e insultuosos comentários (há falta de melhores argumentos usa-se a matraca do insulto..) por falarem eles próprios sobre quem os escreve. São os mesmos que hoje fotografei a arrancar autocolantes da campanha CDU.
Aqui vão as duas peças de pura literatura política e argumentação séria para com os meus críticos e fundamentados artigos:
"Vocês vão ser arrasados por isso pouco piu."
e ainda,
"É só dor de corno... vão perdeeeeeeerrrrrrrrrrrrrrrrrrr!"
Está tudo dito, não está?!

quinta-feira, setembro 29, 2005

Comissão Nacional de Eleições dá razão à CDU


Em artigo de 28 de Agosto passado fiz referência aos imorais outdoors que a Câmara resolveu colocar em S. Bartolomeu de Messines, S. Marcos da Serra e que agora também vi, em Pêra, anunciando obras que nalguns casos, nem projecto aprovado têm. Perante este grave aproveitamento eleitoralista realizado com dinheiros públicos, apresentou a CDU queixa à CNE (Comisssão Nacional de Eleições). Por deliberação desta entidade foi agora dada razão à CDU. Transcrevo a informação que esta oficiou: "(...) recomendar à Senhora Presidente da Câmara Municipal de Silves que proceda à remoção imediata de todos os cartazes que divulguem a realização de obras cujos projectos ainda não tenham sido lançados, na medida em que tais cartazes podem ser entendidos como uma forma indirecta de favorecimento da candidatura de que a actual presidente do executivo é cabeça de lista”.
Os cartazes em causa são os referentes à Escola Primária e ao Arranjo do Largo das Feiras, em Messines, e ao Museu em S. Marcos da Serra que não dispõem de projecto técnico aprovado.
Veremos agora qual a celeridade com que a Câmara cumpre tal deliberação!

Azul, mas de podre!

"(...) Para complementar esta informação laboratorial do Ministério da Saúde, a Câmara de Silves faz saber ainda os resultados relacionados com a inspecção feita à Praia de Armação de Pêra: cor das águas - sem alteração; transparência das águas - sem alteração (negrito nosso); óleos minerais - ausência; espuma persistente - ausência; cheiro a fenóis - ausência; sólidos flutuantes - ausência. Segundo a edilidade "a conjugação de todas as análises classifica a Praia de Armação de Pêra de "Boa Qualidade", situação que também acontece com a Praia Grande (Bandeira Azul e Praia Dourada) e Praia dos Barcos." (Jornal Região Sul, 16 de Junho de 1999)
Foz da Ribeira de Alcantarilha, 28 de Setembro de 2005
Esta é a imagem (não trouxe é o cheiro) da foz da ribeira de Alcantarilha (maternidade natural do peixe que ali é pescado) tal como a fotografei ainda hoje. Pássaros e peixes mortos, envenenados pelas turvas e contaminadas águas, cheiro nauseabundo.
Disseram-me também os pescadores locais que no Verão estava ainda pior, o que por certo fez um bom postal turístico daquela que já foi praia de bandeira azul, vizinha de outra que já foi Praia Dourada, junto a uma das mais importantes lagoas e reservas naturais do Algarve, a zona dos Salgados!
Progressos!!? só nos cartazes sensibilizadores.
Faz o que eu digo, não faças o que eu faço!
Colaborem, enviem este artigo directamente aos mais directos responsáveis pelo arrastar desta vergonhosa situação. Cliquem na imagem do envelope no final deste texto e escrevam o endereço electrónico que forneço:
Chefe de Gabinete da Presidente da Câmara Municipal de Silves
cms.chefegabinete@oninet.pt

Gabinete do Secretário de Estado do Ambiente
Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve - sem e-mail de contacto!! mas podem enviar-lhes uma mensagem com o vosso comentário e a ligação directa à página do blogue http://sacodosdesabafos.blogspot.com/2005/09/azul-mas-de-podre.html (foi o que fiz)

quarta-feira, setembro 28, 2005

Inacreditável!




Apesar da pública e muito crítica apreciação ao urbanismo de Armação de Pêra realizada pelo senhor presidente da República, Jorge Sampaio, quando em 1998 visitou a vila, apoiada nas palavras pela senhora presidente da câmara que na sequência dos acontecimentos até criou um Gabinete Técnico Local encarregue de realizar um Plano de Requalificação; apesar de se encontrar a poucos metros, e muito provavelmente dentro da área de protecção de um monumento de Valor Concelhio (Resolução do Conselho de Ministros nº 161/95 de 04 Dezembro de 1995), o Chalet Vasconcelos; apesar de se encontrar em cima da praia, da falésia, o aborto arquitectónico que podemos ver nas imagens teve alvará emitido em Abril deste ano! Já vai no seu 2º andar (com cave escavada na rocha viva da falésia). É assim que se promove e requalifica aquela que poderia ter sido uma das mais bonitas praias algarvias...
Para os mais nostálgicos, deixo ficar uma sequência de imagens do local ao longo dos últimos 75 anos (aproveito para agradecer ao Portal de Armação de Pêra, as imagens que lhes "surripiei").
E viva o betão armado!

terça-feira, setembro 27, 2005

Quem falou em gestão de mercearia? quem foi?



Aldeia do Sobrado - Algoz

Nos excertos da entrevista da srª presidente, em artigo anterior, falava-se em "gestão de mercearia".
Caros amigos: o que é isto?
isto é o sistema de abastecimento de águas da aldeia do Sobrado, a dois quilómetros do Algoz. E viva o improviso!

De quem é este jipe?


Sabem de quem este jipe? Vendo-o por Silves, pintando paredes alheias, escondendo geometricamente os feios graffitis, perguntei ao presidente da Junta de Freguesia quem eram. Desconhecia. Andam por aí uns senhores com um jipe (pelos logotipos fico na dúvida se será da Câmara, da Barbot ou do Golfe Amendoeira Resort?) que nos andam a pintar as paredes sem dar cavaco a ninguém, nem à Junta de Freguesia. Trabalho meritório, por certo, os graffitis são realmente já uma praga nesta cidade. O que questiono é a falta de informação que acompanha esta acção cívica. Isto, para além das questões que se me colocam perante os apoios financeiros sucessivos que este grupo (Grupo Oceânico/Amendoeira Resort) tem realizado nos últimos tempos a actividades da Câmara, justamente quando aguarda que, pelo menos dois dos seus futuros investimentos no concelho (Golfe da Lameira e Casino de Armação de Pêra) tenham pareceres favóráveis!

Frases soltas, para lembrar oito anos depois...

Trago agora à lembrança de todos algumas frases soltas retiradas de uma entrevista dada pela Srª Presidente da Câmara, há quase oito anos atrás (Diário de Notícias, 28 de Janeiro de 1998). Para quem queira lê-la na íntegra, basta aceder ao link a partir do "Guia de Silves" (Revista de Imprensa, Diário de Notícias, 1998) de Baeta Oliveira ou clicando adiante: http://www.geocities.com/baetaoliveira/dn1998.html#17

Isabel Soares - "Faltam cerca de mil fogos no concelho e espero que sejam construídas, nos próximos quatro anos, pelo menos trezentas casas, com especial incidência nas freguesias de Algoz e Armação de Pêra, onde existem maiores necessidades", prometeu a autarca.
Comentário do autor: Não foi realizado um só bairro social nestes oito anos, e os que já existiam, degradam-se a olhos vistos. Conheci hoje uma situação inacreditável (a imagem documenta-a), de alguém que vive há 3 anos numa tenda, no Bairro da Caixa d'Água, uma das muitas situações de grave miséria que tenho constatado ao longo desta campanha feita de porta-a-porta!!

Isabel Soares- "Sei que a câmara deve cerca de meio milhão de contos a fornecedores, para além de outras despesas, mas o maior receio é que haja uma dívida oculta".
Comentário do autor- O que sei agora, e são números não contestáveis, é que em Dezembro de 2004 a dívida camarária ascendia a 14 milhões de euros ( cerca de quase 3 milhões de contos), subiu por certo muito nestes meses de 2005, sendo os fornecedores credores de uma dívida enorme, cujo pagamento já se delonga por um ano. Nem o país está, em termos relativos, tão endividado!

Isabel Soares - "Acabar com a gestão de "mercearia", apostando na planificação dos serviços e descentralização de competências."
Comentário do autor- O que tenho visto nem é gestão de mercearia (perdoem-me os merceeiros, entre eles o meu amigo de tertúlia e pai da senhora Isabel Soares, José Valentim, que infelizmente já nos deixou), é pura loucura e irresponsabilidade financeira com o dinheiro de todos nós. Depois, é claro, sobem-se todos os impostos municipais : água, lixo, publicidade, contribuição autárquica, etc.., e agora, a bendita taxa municipal de atravessamento nas facturas dos telefones, internet... Delegação de competências? Quais? ainda ontem a senhora presidente faltou à última e, por sinal, bastante concorrida em público, Assembleia Municipal do seu mandato (talvez por estar em campanha eleitoral em algum jantarzinho), deixando os seus vereadores " à nora" e sem resposta para as questões que lhes eram colocadas!

Isabel Soares (através do jornalista) - Se tudo lhe correr de feição, a antiga capital do reino dos Algarves até se poderá tornar um dia numa cidade à imagem de Sevilha, pelo menos em termos económicos e culturais.
Comentário do autor - Sevilha tem mais de 1 milhão de habitantes, cultural e economicamente compara-se a Lisboa, nunca a Silves. É puro disparate, ignorância e demagogia dizer tal coisa. Mas a senhora presidente até já disse que quer candidatar Silves a Património Mundial!
Talvez ao Guiness, secção das asneiras...

Isabel Soares -Regionalista "desde sempre", está disposta a fazer campanha no referendo, mesmo contrariando a directriz do PSD a nível nacional. "Aceito as ideias do partido, mas tenho as minhas", observou.
Comentário do autor- Bem me lembro da campanha de Isabel Soares no referendo pela regionalização! E não se lembram também que até afrontou o líder nacional? Não se lembram? Pessoas com memória curta!
Realmente, é preciso descaramento!

Isabel Soares - Espera que os quatro vereadores da oposição aceitem pelouros, admitindo atribuir ao socialista João Ferreira o sector que inclui o centro cinegético de Silves. Quanto a José Viola (CDU), quer "transmitir-lhe pessoalmente a novidade. É uma surpresa..."
Comentário do autor: Viram João Ferreira no centro cinegético, não viram? E ao José Viola sabem qual foi a boa surpresa? Foi o pelouro do lixo! É claro que nenhum aceitou, nem durante o 2º mandato PSD houve quaisquer pelouros (sérios) para a oposição.

E termino com um bem escolhido modelo de gestão, quiçá uma das promessas cumpridas, embora não lhe conheça parentes na Suiça. As palavras são da senhora.
Isabel Soares (através do jornalista) - Para se manter em estado de graça, pretende seguir o modelo de gestão do seu colega da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais. SEM MAIS COMENTÁRIOS...

segunda-feira, setembro 26, 2005

Há caras, escasseiam as ideias...



É bem parecido este candidato, admita-se, mas do que se trata não é de um qualquer concurso a Mister Silves, mas das eleições autárquicas.
Quando procuramos saber, no verso, a que se propõe e que ideias tem, o vazio é confrangedor. Diz que traz o Algoz no coração, e daí não passa. Assim faz o PSD campanha autárquica em Silves. Com caras, frases feitas, e um vazio completo de ideias.
Para postalinho não serve: não há lugar para selo nem para uma qualquer frase de circunstância a um parente, por mais afastado.
Talvez só para reciclar, reaproveitando a simpática imagem numa dessas molduras que vemos nas lojas de parafernália doméstica, normalmente preenchidas com actores de cinema.

domingo, setembro 25, 2005

Via Sacra de um munícipe (parte II)


Ainda na sequência do problema aqui descrito no dia 18 do corrente, quero agora dar-vos parte do seu desenvolvimento, logo no dia 19, uma vez mais digno de figurar num anedotário, enfim, num livro negro municipal. O texto que se segue foi adaptado da reclamação deixada registada no Livro Amarelo e a que tive acesso por parte do queixoso.
"Ainda pensando no que me tinha dito o senhor vereador no dia anterior - aconselhando-me a rescindir o contrato de abastecimento de água realizado com os serviços da autarquia -, o que muito me indignara, resolvi dirigir-me ao Gabinete de Apoio ao Munícipe da Câmara Municipal de Silves. Ali, e junto da funcionária de serviço, solicitei a marcação de uma audiência com um dos vereadores, de preferência com a Srª Presidente. A resposta não poderia ter sido mais clara:
- As ordens que tenho são para não marcar qualquer audiência nos próximos dias. A senhora presidente e os outros elementos estão em campanha eleitoral.
Perante a minha observação de que a campanha eleitoral só começava no dia 27, corrigiu infantilmente para pré-campanha, não entendendo de todo o escandaloso da situação: um executivo camararário, acolitado por alguns dos seus mais fiéis ou precários funcionários, paralizava a actividade municipal em prol dos seus mais imediatos interesses partidários e eleitorais. Perante tal resposta, só me restou, mais uma vez, pedir o Livro de Reclamações."
Nota final: O autor do blogue comprovou situação semelhante em duas ocasiões. Uma no dia 2 de Setembro, quando ao telefonar para a Câmara às 15.30 h, o segurança de serviço o informou que não se encontrava nenhum vereador, nem mesmo a secretária da presidente no edifício; a outra, foi no próprio mercado de S. Marcos da Serra, logo pela manhã, onde se encontrou perante uma numerosa delegação PSD em pré-campanha eleitoral. Nela se incluía uma presidente de câmara, um vereador, um assessor e uma secretária da presidente, entre outros mais recentes funcionários cuja admissão parece ter tido como motivação mais próxima, a própria campanha eleitoral! Tal era o peso da autarquia nesta delegação que suscitou, de um elemento da delegação PS, também ali presente, a difícil quanto maldosa pergunta:
-Então, vocês hoje fecharam a Câmara?!

Quem é quem?


Adivinhem!
Quem é o candidato à Junta de Freguesia do Algoz?
Lisete Romão ou Calado Matias?

sábado, setembro 24, 2005

Poupem vocês!, dizem eles...


Não chove. As perspectivas quanto ao fim desta já histórica seca são pessimistas. Segundo as autoridades regionais há água para mais seis meses. Mas só para alguns, porque para os outros, os rapazes do golfe, o tempo é de fartura. E a evidência está aí. Estas duas lagoas não existiam há duas semanas atrás. Estamos no campo de golfe de Vila Fria, agora em construção a 3 km de Silves. O já célebre campo de golfe, responsável pela destruição de uma villa romana classificada como monumento de valor concelhio, o que até a Câmara desconhecia!!, ou melhor, quis ignorar. Realizou-se, à semelhança do que aconteceu na Rocha Branca e que acabou com uma leve e pelos vistos não exemplar condenação judicial, um atentado ao património arqueológico. E agora, um atentado ambiental às nossas preciosas reservas aquíferas. Pois de onde terá vindo toda esta água? E pensar que na zona alta da cidade a água não chega todos os dias!
Só podem estar brincando connosco!!

quinta-feira, setembro 22, 2005

Atentado ambiental com data marcada...


Tal como já fora referido no Local & Blogal em 12 de Setembro passado (clique no sublinhado para consulta), paira sobre a martirizada Serra de Silves terrível ameaça. E agora não é o fogo. Após mais de uma década de polémica jurisdição sobre a Zona de Caça Turística da Serra de Silves, a Câmara Municipal abandona - por obrigação legal derivada da nova lei da caça - a tutela desta riquíssima área cinegética da forma mais desleixada, para não dizer vergonhosa que se possa imaginar: entregando-a de bandeja ao regime livre. Mesmo sabendo que existe um conjunto de proprietários organizados em empresa que tencionam tomar em mãos o que por direito também lhes pertence, mesmo sabendo que o processo de criação desta zona de caça se encontra pendente, aguardando aprovação iminente pela tutela, relaxou nas suas obrigações legais de vigilância e manutenção deste património a que a lei a obriga, deixando por “artes mágicas”desaparecer centenas de placas identificadoras da zona protegida. Não existindo estas placas, estes mais de 5 000 hectares de terreno ficam, na prática, em regime livre. E dia 2 de Outubro abre a caça. É a boda geral, é o “massacre”, como hoje fazia título o jornal regional Barlavento. É atentado ambiental, é caso de polícia, é caso de protecção civil, pois poderão ser milhares as armas por essa serra. Tudo o que mexer será abatido. Há quem diga que o caso já tem contornos políticos, nesta pré-campanha eleitoral. Pois claro que tem! Confinante com esta pérola cinegética existe outra zona de caça, no dia 2 substancialmente alargada!, pertencente a uma associação municipal com mais de 600 sócios caçadores, acrescento eleitores. Não fosse assim, quem se lembraria de deixar chegar a situação ao ponto em que chegou quando ainda gere o que chama de Centro Cinegético (com seis guardas da caça municipais)!!
E dirão os fotografados (veados, mãe e cria): - Que mal fizemos nós?!

Nota final: Mais uma vez, apelo a todos para que usem os seguintes endereços para manifestarem às autoridades a vossa indignação.

Direcção Regional de Agricultura do Algarve
Chefe de Gabinete da Presidente da Câmara Municipal de Silves
Gabinete Técnico Florestal

quarta-feira, setembro 21, 2005

Polis versus Cidade

Cresce a indignação, para não dizer a revolta, entre a população residente no Centro Histórico de Silves. Segundo já apurámos, com toda a razão!
Abordarei o assunto, logo possua todas as informações necessárias para o bem fazer.

segunda-feira, setembro 19, 2005

À sucapa...

Começo por socorrer-me de algumas citações, algo datadas como é costume dizer-se, para evidenciar a "surrealidade" desta arrastada situação e a magnanimidade com que é tratada por aqueles que, à frente de organismos estatais tutelares responsáveis, teriam em princípio todos os meios para actuar e pôr cobro a esta vergonha.
Região Sul (3 de Novembro de 2000)
«ETAR de Silves: "Os resultados estão à vista e são medíocres"
acusa CDU
A CDU/Silves, em comunicado de imprensa, "exige" do executivo camarário de maioria PSD, que "assuma com frontalidade" as suas responsabilidades no que se refere à ETAR de Silves e tome medidas "imediatas, enérgicas e efectivas, com vista à eliminação das causas dos perigosos focos de poluição ambiental com origem na ETAR".
De acordo com a CDU de Silves, a situação que afecta o funcionamento da estação de tratamento de águas residuais de Silves (ETAR) é "extremamente grave e perigosa" e com "consequências negativas no ecossistema do rio Arade e na degradação do ambiente urbano da cidade".
Segundo a Coligação Democrática Unitária, desde há várias semanas a esta parte o "insuportável mau cheiro resultante do deficiente e/ou inexistente funcionamento" da ETAR e a ausência de medidas de manutenção a que aquela infra-estrutura "irresponsavelmente" tem estado sujeita nos últimos tempos, originou "graves focos de poluição nas águas do rio Arade", que se "está a transformar rapidamente num autêntico esgoto a céu aberto". »
Quatro anos depois...
Região Sul (29 de Março de 2004)
CDU/Silves reafirma "mau funcionamento" da ETAR do Falacho
A CDU/Silves difundiu um comunicado onde, mais uma vez, protesta contra o "mau funcionamento" da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) do Falacho, inaugurada há um mês e meio "com pompa e circunstância", contando na altura com a presença do secretário de Estado da Administração Local, Miguel Relvas.
Segundo a coligação, "persiste um cheio horrível e o cultivo a céu aberto de milhões de larvas no interior do próprio equipamento, enquanto é lançado no Rio Arade matéria altamente poluída e poluidora". A actual maioria "terá de responder pela forma incompetente como têm conduzido este processo, tratando-se, como é, de uma obra nova que movimentou mais de um milhão de euros do erário público".
Barlavento (6 de Julho de 2005), palavras da Presidente da Câmara Municipal de Silves, Drª Isabel Soares
"(...) Acho que, do Tejo para baixo, não há outro rio que tenha a capacidade turística que o Arade tem.(...)», e adiante, «(...) Existe um conjunto de privados que quer fazer investimentos de grande qualidade nas margens, que poderão ser quase o grito de Ipiranga dos algarvios e do concelho de Silves em relação ao turismo, porque deixamos de ter aquele turismo apenas e somente de massa, que em termos económicos não nos traz mais valias, para passarmos para um turismo de maior qualidade.»
Setembro de 2005 - alguns dias atrás...
Imagem 1. Descarga de lamas residuais imundas na ribeira do Falacho- Rio Arade
Imagem 2. Estado da Ribeira do Falacho depois das mal cheirosas descargas.
SEM COMENTÁRIOS...
Meus caros, há que juntar a nossa voz aos protestos dos vizinhos do Falacho de Baixo, anos a fio convivendo com esta situação.
Só têm que clicar no ícone abaixo com a forma de envelope (junto dos comentários) para endereçar este "post" aos mais directos "interessados", cujos endereços de correio electrónico forneço. Vão ver que lhes faz alguma comichão!, até por que desde já o remeto também aos órgãos de comunicação social.
Chefe de Gabinete da Presidente da Câmara Municipal de Silves
Comisssão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve
Gabinete do Secretário de Estado do Ambiente