segunda-feira, fevereiro 08, 2010

A propósito da(s) Alicoop(s)...


Numa altura em que mais uma empresa portuguesa e concelhia está em risco de fechar, lançando provavelmente para o desemprego mais algumas centenas de pessoas, neste depauperado concelho de Silves, convém lembrar que a culpa também é de todos nós.
A prová-lo, deixo o inteligente texto cuja autoria desconheço, e que me chegou por e-mail.
"O ZÉ, depois de dormir numa almofada de algodão (Made in Egipt), começou o dia bem cedo, acordado pelo despertador (Made in Japan) às 7 da manhã.
Depois de um banho com sabonete (Made in France) e enquanto o café (importado da Colômbia) estava a fazer na máquina (Made in Chech Republic), barbeou-se com a máquina eléctrica (Made in China).
Vestiu uma camisa (Made in Sri Lanka), jeans de marca (Made in Singapure) e um relógio de bolso (Made in Swiss).
Depois de preparar as torradas de trigo (produced in USA) na sua torradeira (Made in Germany) e enquanto tomava o café numa chávena (Made in Spain), pegou na máquina de calcular (Made in Korea) para ver quanto é que poderia gastar nesse dia e consultou a Internet no seu computador (Made in Thailand) para ver as previsões meteorológicas.
Depois de ouvir as notícias pela rádio (Made in India), ainda bebeu um sumo de laranja (produced in Israel), entrou no carro Saab (Made in Sweden) e continuou à procura de emprego.
Ao fim de mais um dia frustrante, com muitos contactos feitos através do seu telemóvel (Made in Finland) e, após comer uma pizza (Made in Italy), o António decidiu relaxar por uns instantes.
Calçou as suas sandálias (Made in Brazil), sentou-se num sofá (Made in Denmark), serviu-se de um copo de vinho (produced in Chile), ligou a TV (Made in Indonésia) e pôs-se a pensar porque é que não conseguia encontrar um emprego em PORTUGAL...

O Ministério da Economia de Espanha estima que se cada espanhol consumir 150€ de produtos nacionais, por ano, a economia cresce acima de todas as estimativas e, ainda por cima, cria postos de trabalho."
E em Portugal, quantos criaria???
Só saberemos quando tivermos em atenção, enquanto consumidores, este problema.
Há quem já lute por isso:



quarta-feira, fevereiro 03, 2010

Multiplicam-se os apoios, e por isso agradeço!

A defesa do património histórico e cultural que o Museu e  a Fábrica do Inglês representam tem vindo a mobilizar  numerosos e crescentes apoios, que importa por justiça realçar e agradecer.
Foram já muitos os que expressaram a sua solidariedade por palavras e gestos. Arrisco-me a não nomear todos os que o fizeram, pedindo por isso desde logo desculpas aos mesmos, mas não quero deixar, ainda assim, de fazer jus a algumas referências.
De forma  mais ou menos cronológica, começo pela Lista Museum, um fórum de participação dos profissionais de museus que ajudou a divulgar a notícia e a recolher a solidariedade dos museus portugueses; o ICOM/Portugal(Conselho Internacional dos Museus), e o seu presidente, o Dr. Luís Raposo, que em reunião plenária elaborou comunicado de apoio em defesa do Museu; os partidos políticos com representação na Assembleia da República, designadamente o Bloco de Esquerda e o CDS/PP que em plenário onde o Governo esteve presente colocaram à Ministra da Cultura e ao Ministro da Economia as perguntas obrigatórias; à Directora Regional da Cultura, Drª Dália Paulo, que se prontificou a ajudar no que necessário fosse; à Rede Regional de Museus que manifestou o interesse em colaborar tecnicamente no apoio ao Museu; à RTP, à RDP, e outros órgãos de comunicação escrita regional que sobre o assunto já realizaram reportagens ou notícias; à Retecork (Rede dos Territórios Corticeiros) que visitou o museu durante a sua reunião de Silves e nas conclusões da mesma expressou as suas preocupações; à Drª Graça Filipe, actual vice-directora do Instituto Português dos Museus, à Drª Simonetta Afonso, reconhecida mulher dos museus e exposições, actual presidente da Assembleia Municipal de Lisboa, ao Dr. José Gameiro, director do Museu do Mar em Portimão; ao Clube de Amigos da Fábrica de Cortiça Robinson de Portalegre (Manuela Mendes), à Rota da Cortiça de S. Brás de Alportel; à visita do deputado do PCP José Soeiro e da delegação do Grupo Parlamentar do BE, com interessantes sugestões; à moção apresentada por Carlos Marques (BE) na Junta de Freguesia de Silves aprovada por unanimidade, e hoje à notícia da moção aprovada por maioria na Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL) apresentada pelo Bloco de Esquerda, e que abaixo reproduzo.
E aqui e assim agradeço a muitos, e muitos outros, que através de e-mails, dos seus blogues, telefonemas ou pessoalmente me têm dado forças para prosseguir uma luta em defesa de algo que Silves não pode perder: o seu protagonismo histórico-cultural, o seu protagonismo no mundo corticeiro, onde já foi líder mundial.
P.S.-Entretanto,hoje, quinta-feira dia 4 (terá sido mera coincidência?), soube através do Barlavento on-line que a Srª Ministra já respondeu ao senhor deputado Artur Rêgo (CDS-PP) sobre a questão que referi no post. Ainda que a resposta não me trouxesse novidades, sempre fica o testemunho oficial. Leia-a aqui.