sexta-feira, novembro 25, 2005

Panfleto ou Jornal?-II Parte



Se dúvidas tínhamos quanto a isso, foram agora desfeitas.

Como alguns por certo se aperceberam (com certeza não foram os 14 000 que o srº Ligne diz lerem a coisa!!, que tem como tiragem 3000 exemplares!!, dos quais são devolvidos provavelmente número aproximado), na edição nº 359 de 20.10.2005, a Voz de Silves, na pessoa do seu director, resolveu dar honras de 1ª e 2ª páginas à minha pessoa e ao blogue que subscrevo. A inspiração teria sido o texto que escrevi a propósito do critério redactorial desse quinzenário em vésperas de eleições (
clique para ler), e que enviei para a redacção, dando dele conhecimento e pedindo a sua publicação na rubrica "Correio do Leitor". É claro que fui censurado, pois o director dessa dita, e cito, "tribuna livre", impôs condições inadmissíveis que não aceitei (clique para ler a resposta de Arthur Ligne ao meu pedido de publicação, designadamente o último parágrafo). No artigo do senhor Ligne que motivou o meu posterior pedido de rectificação/resposta, e sem nunca mencionar o meu nome ou o do blogue sobre o qual escrevia (o que do ponto de vista jornalístico é, desde logo, "exemplar"), caracterizou-me profusamente com alguns adjectivos, muito habituais na sua escrita, que auto-intitula de "jornalística". O texto em causa mereceu da minha parte, como seria de esperar, e conforme prevê a lei de imprensa, a merecida réplica, enviada por carta com aviso de recepção assinado no dia 3 de Novembro corrente. Não obtive resposta alguma, ao contrário do que o srº Ligne diz ser a sua prática corrente, nem vi publicado o meu texto nas duas últimas edições da Voz de Silves. Pior, ao invés de respeitar o direito legal de resposta previsto na lei ( o que desde já será alvo de queixa à Alta Autoridade para a Comunicação Social e ao tribunal competente), prevarica segunda vez quando utiliza agora a página central da coisa nº 359 de 22 do corrente para vir novamente à liça com mais insinuações, misturando-me com cartas anónimas e ameaças de morte (será mesmo assim??) quando o que até agora fiz, foi escrever num blogue cuja autoria não é anónima e remeter uma carta, assinada pelo remetente e com aviso de recepção, à qual não faz qualquer referência no seu texto, mas que deixo aqui aos leitores já que o srº Ligne dela se esqueceu (clique para ler).

Fico hoje por aqui. Mas a novela vai ter continuação...

4 comentários:

Anónimo disse...

Existem coisas que me chateiam a sério e uma delas é a falta de honestidade.

Se este senhor director do Jornal "Voz de Silves" diz não ter nenhuma ligação laboral com a Câmara Municipal de Silves, porque é que é ele que escreve as notas de imprensa para a Câmara?(que de certeza não são de borla).
E se não tem nenhuma ligação, porque é que quando os serviços da Câmara enviam por iniciativa própria algum comunicado de imprensa, este senhor Director de Jornal, liga directamente para os serviços responsáveis pelo sucedido, alegando que o estão a ultrapassar nas suas funções, ficando enervadissimo com as pessoas, chegando mesmo a ultrapassar as marcas da boa educação.
A sua retórica é muito interessante, mas devia de contar a verdadeira história do Gabinete de Imprensa da Câmara Municipal de Silves, só para começar.
Sim, porque quem tem um contrato de avença com a autarquia é a sua esposa Ana Maria Linha, mas não digo aqui de quanto é a avença,(essa discução não me interessa) deixo isso para o Sr. Director de Jornal se pronunciar na sua publicação quinzenal.
Quanto ao trabalho do Gabinete de Imprensa da Autarquia, nem é preciso comentários, basta ter os recortes de imprensa relativos ao concelho de Silves para saber sobre o tipo de trabalho e sua qualidade.
Informo que existem mais comunicados de instituições e colectividades do concelho publicados que os da própria autarquia, o que é no mínimo estranho.
Estranho é também saber que para as actividades da autarquia raramente aparecem orgãos de comunicação social para cobrir os eventos, o que demonstra bem o tipo de qualidade de serviço prestado à edilidade.
Já agora se o senhor não tem nenhuma ligação profissional com a Câmara Municipal de Silves, quero como municipe agradecer o facto de o senhor Director trabalhar graciosamente para a autarquia quando produz as diversas mensagens que a Srª Presidente lê nas cerimónias ou manda publicar. Porque se não tem nenhuma ligação profissional não cobra dinheiro, se não cobra dinheiro a Câmara está a poupar e se a Câmara está a poupar quero lhe dizer MUITO OBRIGADO.(Mas talvez não seja bem assim).
E já agora pergunto porque é que a Câmara Municipal de Silves, quando elabora o Boletim Municipal, adjudica sempre os serviços deste Sr. Director de Jornal, dado que é para ele que vão sempre desde todas as informações e fotos das actividades recolhidas para a elaboração do mesmo, porque este quem está no Gab de Imprensa nunca apareceu numa actividade da Câmara.
E pergunto também se este tipo de serviço não deverão ser consultadas várias empresas do ramo dado o valor que envolve uma publicação deste tipo.
Pois é. É sempre este Senhor Director de Jornal que elabora e manda imprimir este documento da autarquia, e depois não tem nenhuma ligação laboral com a edilidade. Sejamos sérios para uma discussão séria.

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

Pois é Manuel Ramos, esta "novela" que continuo a ler é muito parecida com uma de que tive conhecimento já lá vão 15 anos... Dessa vez o assunto tratado em 1ª página não era política mas fez de certeza muitas vendas. O título causava impacto. Sempre há quem goste de ver o próximo num "crucifixo".
Também nomes não foram colocados "por questões de segurança". Segundo consta, a pessoa visada não foi ouvida nem achada... para quê? Bastou ouvir-se quem a acusava e perguntar-se se tal pessoa existia em determinado lugar. Sei que toda a cidade de Silves, todo o concelho e não só ( a rádio Lagoa também deu uma "ajuda") na altura, foram "sacudidos" pela "sensacional" notícia. Também foram dados conselhos a quem estava a ser crucificado e deixados lamentos por existirem, em pleno século XX, pessoas que não sabem exercer, o que tantos mas tantos lhe reconheceram o mérito.
Panfleto ou jornal? Assim não! Nem uma coisa nem outra, apesar de estar registado como jornal, como escreve o seu director.
Ainda bem que continuo a não comprá-lo!
Bem haja Manuel, pelo seus dois blogues, pena é que nem toda a população do concelho a eles tenha acesso.
Alice Sousa

Anónimo disse...

Já agora desabafo mais um pouco, faço justiça ao nome deste blogue tão interessante. Mais acrescento que a pessoa, em cima mencionada, nunca exerceu o seu direito de resposta, é daquelas que sabe que a verdade vem sempre ao de cima ( é como o azeite na água) e veio, fez-se justiça, no local destinado a ser feita e foi-lhe pedido também por quem, esta tinha que dar contas, que continuasse a ser como sempre foi, o povo nunca soube...Mas que esta pessoa sofreu muito... ah se sofreu com os olhares e os comentários, em surdina, que lhe eram feitos, pelas ruas da cidade... e continua sofrendo, continua a sentir, na sua testa, uma cruz. É que há quinze anos atrás, o que era escrito em páginas registadas e ouvido na rádio era considerado, pelo povo menos atento, sagrado e verdade.