O PIDDAC 2008 (Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central, download com cerca de 20 Mb) é coisa em vias de extinção, e no que diz respeito a Silves, para lá caminha aceleradamente. Deixem acabar o Polis em Dezembro próximo e verão. O nosso concelho, beneficiando de um ligeiro aumento de verba comparativamente ao ano passado, salvou-se de ser um dos que não viram, no Algarve, as suas verbas reduzidas a zero (Aljezur, Alcoutim e São Brás de Alportel). Ainda terá 1 243 247 €, distribuídos pelas obras que podem ver na tabela acima (clique sobre ela para a ampliar). Mas é uma redução significativa em relação ao ano de 2006 quando obteve 3 018 749 € e, considerando que a dotação é quase na totalidade para o POLIS (1 122 295 €), um desinvestimento considerável no concelho. Surpresas para mim, e face às promessas anunciadas, a ausência deste programa da esperada beneficiação do troço da EN 124 entre Silves e o Porto de Lagos, na sequência do que fora feito anteriormente para o percurso até Messines, e a verba (sempre a diminuir!) atribuída à Navegabilidade do Arade ( 70 000 €, menos de metade do ano transacto, pg. 139, na ligação Piddac da 1ª linha).
Enfim, um autêntico programa de desenvolvimento equilibrado do Algarve, já que cinco dos mais ricos concelhos do litoral algarvio recebem 84,6% das verbas, e quatro dos concelhos mais pobres do interior (São Brás, Alcoutim, Monchique e Aljezur ) ficam apenas com 1,8% das mesmas. No total, o Algarve vê reduzidas as suas verbas a quase metade do montante de 2006!
A região continua a ser uma galinha de ovos de ouro mantida a dieta rigorosa.
E a correcção das assimetrias regionais, das assimetrias regionais/nacionais, entre litoral e interior, uma figura de discurso, de retórica política, nada mais.
E assim vamos...
5 comentários:
Exº Senhor
Gostava de saber se no próximo orçamento a reparação da Sé de Silves está contemplada.
Pois com tantas reuniões com o Ministério da Cultura e direcções regionais e centrais e afins. Será que e desta?
Pois o Srº Padre Carlos não é mentiroso agora dos políticos já não posso dizer o mesmo….
Em relação ao polis políticos ainda acreditam que as obras incompletas serão terminadas com esse valor?
Eu gostava de ver até onde vai a ingenuidade.
Com os melhores cumprimentos
Joaquim Santos
Para começar, fazendo uso da franqueza que me caracteriza, acho que o seu comentário primou por alguma falta de diplomacia. O que já não é a primeira vez, parece-me, senhor Joaquim Santos. Mas enfim...
Primeiro, não sei a que orçamento se refere, se ao de Estado se ao da autarquia. No primeiro não há nada no PIDDAC como pode constatar, o segundo continua no segredo dos deuses. Afirmar que os políticos são mentirosos é uma afirmação generalista perigosa, falsa como todas as generalizações e, consideradas as actuais funções que desempenho, fazer-me pensar que a considera extensível a mim. O que não lhe admito!
A verba que mencionei para o Polis é a decorrente da participação do Estado neste programa, penso que ainda falta parte da participação da autarquia. Mas não lhe vou responder se as obras vão ser completadas com esse valor. Poderá pensar que é mais uma mentira de político!
Exº Senhor
Em relação ao seu primeiro paragrafo afirmações apenas tenho a dizer “ quem não se sente não e filho de boa gente.” ou “ só apanha as canas dos foguetes quem quer “
A consciência é sua e eu respeito incondicionalmente.
Se o Srº fala no orçamento de estado claro que so podia referir a ele. Alem disso se perguntei era porque não sabia.
SE os políticos são mentirosos. Pois segundo o Srº padre Aquino informou que a Sé ia ser reparada, segundo informações dos políticos ( ministra). Agora se a Sé não é reparada significa o que? Que o Srº Padre não entendeu bem a a Srª Ministra? Ou a Sra Ministra afinal queria referir se a outra sé qualquer ?
Com os melhores Cumprimentos
Joaquim Santos
Só comento o seu último paragráfo, já por brincadeira.
Ou o senhor padre é mentiroso, ou a senhora ministra é mentirosa, ou nenhum dos dois, já que o que ele disse é que a Sé "ÍA ser reparada", o que nem eu ou o senhor podemos, por enquanto desmentir. Daí, a chamar todos os políticos de mentirosos, vai um grande passo, abusivo, como disse.
Vergonha é de facto não reparem uma igreja que recebe milhares de turistas, que consequentemente vão enriquecer a cidade e o concelho.
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