Desde cedo acompanho o fenómeno da explosão dos blogs em Portugal. Sou assíduo leitor de alguns deles. Constituem um espaço de livre expressão sem precedentes e cujas consequências político-culturais estão longe de ser avaliadas ou compreendidas. Nunca, até aos dias de hoje, alguém teve a capacidade de transmitir e partilhar o que sente e pensa com tantos outros indivíduos, denunciando situações, influenciando opiniões, enfim, produzindo ou contribuindo para produzir o que é vulgar chamar opinião pública. Embora goste de partilhar o que penso, sou preguiçoso quando escrevo. Por isso este tardio blog. Mas circunstâncias de ordem pessoal, concretamente o facto de finalmente ter decidido empenhar-me na vida política activa (porque passiva era um vício de todos os dias), no caso as eleições autárquicas, levam-me a esconjurar um dos meus piores defeitos, já referido, o de poucas vezes comunicar por escrito o que penso.
A política começa em casa, e porque gosto de falar do que realmente sei, limitar-me-ei, na medida do possível e da minha indignação, a escrever sobre a terra onde vivo e trabalho, o concelho de Silves (Algarve).
Saco dos Desabafos foi o nome que resolvi dar a este espaço. É sempre complicado nomear algo, sobretudo quando o que nos impele pode ser adjectivado de tantas formas: indignação, raiva, descrédito, tristeza, pasmo, repúdio, enfim, emoções pouco desejadas embora possam ser construtivas. Mas nem sempre será assim, não queremos fazer deste blog um Saco de Lamentações. Também nos motivará a vontade de aplaudir, sem preconceito, sempre que a ocasião se proporcionar. Mas essas serão, certamente, ocasiões mais raras. Porque, como diz o poeta, que me perdõe a abusiva paráfrase, assim como o sonho comanda a vida, é a crítica negativa que está na raiz, comanda e inspira este "Saco dos Desabafos". É a minha terapia, mas também a minha contribuição ao debate municipal. É, afinal, a partilha com os conterrâneos do que me vai na alma, do que penso, na esperança de inspirar o debate, a discussão, da qual se poderá fazer, esperemos, alguma luz. Estou consciente da utopia de algumas destas presunções, mas que seria de todos nós sem a Utopia. Por ela, por nós, por Silves, peço aos que me lerem, desabafem comigo para este meu e vosso grande Saco dos Desabafos!
A política começa em casa, e porque gosto de falar do que realmente sei, limitar-me-ei, na medida do possível e da minha indignação, a escrever sobre a terra onde vivo e trabalho, o concelho de Silves (Algarve).
Saco dos Desabafos foi o nome que resolvi dar a este espaço. É sempre complicado nomear algo, sobretudo quando o que nos impele pode ser adjectivado de tantas formas: indignação, raiva, descrédito, tristeza, pasmo, repúdio, enfim, emoções pouco desejadas embora possam ser construtivas. Mas nem sempre será assim, não queremos fazer deste blog um Saco de Lamentações. Também nos motivará a vontade de aplaudir, sem preconceito, sempre que a ocasião se proporcionar. Mas essas serão, certamente, ocasiões mais raras. Porque, como diz o poeta, que me perdõe a abusiva paráfrase, assim como o sonho comanda a vida, é a crítica negativa que está na raiz, comanda e inspira este "Saco dos Desabafos". É a minha terapia, mas também a minha contribuição ao debate municipal. É, afinal, a partilha com os conterrâneos do que me vai na alma, do que penso, na esperança de inspirar o debate, a discussão, da qual se poderá fazer, esperemos, alguma luz. Estou consciente da utopia de algumas destas presunções, mas que seria de todos nós sem a Utopia. Por ela, por nós, por Silves, peço aos que me lerem, desabafem comigo para este meu e vosso grande Saco dos Desabafos!
3 comentários:
Força Manuel.
Num país de "treinadores de bancada" é bom que haja alguém que salte da mesa do café e se disponibilize para "pegar o touro pelos cornos".
Espero que consigas fazer algo de positivo.
Silves precisa !!!
Saudações, Manuel!
Vou acompanhar de perto mais esta tua aventura.
Um abraço
Um grande bem haja para este útil saco dos desabafos e para o Manuel!
Cumprimentos
Marco
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