sábado, maio 20, 2006

Tá lá, tá lá.....tá lá??!


Não está!
Será isto que acontece a qualquer desprevenido munícipe que experimente telefonar para os números de telefone da Câmara Municipal de Silves disponibilizados nos rodapés dos ofícios ou nos envelopes camarários (ver imagem) que todos os dias, imagino, saiem às dezenas por aí. Simplesmente não existem! E é confirmar numa breve pesquisa pela lista telefónica on-line da PT. Nos ofícios vê-se o 282 442 325 e o 282 442 254. Esqueçam, vão ouvir uma senhora dizer-vos que os números não estão atribuídos. O fax 282 442 650 também é para esquecer: toca, toca, mas sinal de fax, nada, pelo menos quando experimentei! Nos envelopes (veja-se imagem, se conseguirem!) aparece ainda o número 282 442 299, mas só para quem quer ouvir a mesma gravação da menina da PT. Será que numa Câmara que já emprega mais de 600 pessoas ninguém dá por isto? E se não querem estragar papel, pelo menos emendem os números à mão enquanto não há dinheiro para uma alteração tão "comezinha", não é?
Mas aqui fica o número de telefone misterioso: 282 440 800. Mas não esperem que algum voice-mail vos deixe deixar recado para além das horas de expediente! Isso são modernices...Tal como é ter um site na Internet minimamente decente e que se mantenha on-line. Sim, porque o recém-criado mas pouco actualizado e interactivo site Web da Câmara está suspenso há, pelo menos, 3 dias. Falta de pagamento? Não me admirava.
Entretanto, só por comparação, visitem a ainda recente página da Câmara Municipal de Aljezur, galardoada como a melhor em termos de acessibilidade de entre toda a administração autárquica.

quarta-feira, maio 17, 2006

Viva a Cortiça!


Mais uma escapadela, por boas razões, ao âmbito local deste blogue, para vos dar conhecimento de algumas recentes notícias sobre um produto extraordinário, a cortiça.
Notícias preocupantes, mas também encorajadoras, quanto ao futuro desta obra-prima da Natureza.
Silves já viveu dela e para ela. Hoje resta uma fábrica de aglomerado negro e um museu; no entanto, Portugal continua sendo ainda o maior produtor e exportador, produzindo cerca de 54% da cortiça transformada que circula por esse mundo. É, por certo, o produto mais nacional entre todas as nossas exportações, embora muitas vezes esquecido, sobretudo no que se refere ao investimento em I&D. Mesmo assim, há quem faça militância pelo sobreiro e este seu produto, por paixão e crença nas suas modernas potencialidades e virtualidades, nomedamente "ecófilas" (passo o neologismo). É o caso do investigador Luís Gil, do Ineti (Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação) que tem dedicado a sua vida à promoção e divulgação deste nosso "ouro negro". Aqui fica um link para uma notícia que importa divulgar: as potencialidades da cortiça no combate à poluição e à pior das pragas - o cancro.
E dois outros links para o que se vai fazendo pela defesa da nossa floresta de montado, mesmo lá por fora:
  • em inglês, pelo Fundo Mundial para a Natureza (WWF) e referida no artigo da Lusa/Barlavento
  • em português, também pelo WWF sobre a situação do montado português

A LER...e a passar!

P.S.- Não resisto a vos contar uma pequena história com o Eng. Luís Gil. Na Expo de Hannover 2000 fomos ambos convidados pelo Pavilhão de Portugal para falar sobre cortiça. Eu, sobre o recém-criado museu da cortiça da Fábrica do Inglês; Luís Gil sobre as aplicações deste produto, amplamente demonstradas pelo próprio revestimento de aglomerado negro de Silves do Pavilhão de Portugal, o único sem ar condicionado. Luís Gil, autor e proprietário de várias patentes relacionadas com a utilização da cortiça, a dada altura da sua apresentação surpreende a plateia, pelo menos a mim, que nunca mais esqueci o momento nem o paro de transmitir, quando alvitrou: se a Mercedes, marca alemã, fosse portuguesa, há muito tempo que os tabliers e as manetes de mudanças destes carros seriam em cortiça. E porquê? Porque é um material bonito, macio e, sobretudo, porque nos pouparia o terrível sacrifício de lhes tocar, fosse no escaldante Verão ou no gelado Inverno.

tudo dito!

sábado, maio 13, 2006

Tribunas livres...

A Voz de Silves voltou a prestar um bom serviço informativo. Ironia minha, claro, a propósito da reportagem àcerca da homenagem a José Vitoriano no passado dia 30 de Abril. Da autoria do seu director adjunto, J. Vasco Reys, o trabalho até seria bem feito não fosse um pormenor: a escandalosa e nítida - para quem lá esteve ou sabe - ausência de referência a um dos organizadores, modéstia à parte, talvez a um dos principais promotores da iniciativa: eu próprio. Alvo da censura do seu director, indignado por lhe ter movido processo judicial por abuso de liberdade de imprensa, os escribas da Voz de Silves deverão estar proibidos de publicar o meu nome ou a minha foto, tal é o contorcionismo com que evitam a referência à minha pessoa. Mas só para que conste - e mais uma vez modéstia à parte - e porque se eu não me fizer justiça, outros mais dificilmente a farão por mim, refira-se que o autor deste blogue além de ter proposto em sessão de câmara esta homenagem (o que acabou sendo ignorado), conseguiu posteriormente o apoio da Junta de Freguesia de Silves (entidade patrocinadora) para uma publicação da autoria de Maria João Raminhos Duarte que acompanhou desde a revisão à gráfica, fez contactos com o Instituto Piaget que gentilmente cedeu o seu anfiteatro para a cerimónia, realizou cartazes, convites e mailings para convidados e imprensa, enfim, foi inclusive apresentador e realizador de um filme/entrevista inédito com Vitoriano, durante a cerimónia apresentado. Falta só dizer que ligou os microfones de apoio, as luzes, o ar condicionado, o portátil ao projector multimédia, carregou mesas, deu um retoque final nos WCs... Já agora, e desculpem este meu momento de divertimento pessoal, a filha distribuiu o livro entre os presentes, a esposa foi comprar bolos para a merenda. Tudo verdade, mas não suficientemente verdade para que a Voz de Silves, "tribuna livre" segundo Arthur Ligne, ultrapassasse os seus rancores pessoais em nome do jornalismo sério.

2/13 avos sem Bandeira Azul


Dos 13 concelhos algarvios com frente atlântica (3 sendo interiores não a possuem: Alcoutim, Monchique e S. Brás), dois deles não têm qualquer bandeira azul: são eles Castro Marim e Silves. Uma das praias do concelho de Silves, freguesia de Pêra, a Praia Grande, galardoada em 1998 com o galardão de Praia Dourada e alvo de intervenção apoiada pela direcção regional do Ambiente é vítima do esquecimento da CMS. O mesmo, ou pior, se passa em Armação de Pêra que já tendo sido bandeira azul nos anos 90 é outra das praias que não recebe este ano a distinção. Azul, só a bandeira da Freguesia! Mas não se pense que o problema reside nas praias, o problema reside fundamentalmente na câmara que nem sequer se candidata. Vá-se lá saber porquê?